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20 de outubro de 2012

REINO MESSIÂNICO


ESPERANDO O REINO MESSIÂNICO

Zacarias era mais do que um pai orgulhoso de um recém-nascido saudável. Quando o Espírito Santo soltou a língua dele, o sacerdote pronunciou palavras esperançosas de louvor ao Deus que estava preparando para enviar a libertação esperada há muito tempo pelo povo. Ele revelou o papel importante de João como mensageiro do Senhor que traria a luz ao mundo (Lucas 1:67-79).
Simeão podia morrer contente. Ele tinha aguardado com paciência e confiança para ver que Deus não havia esquecido suas promessas. Quando fitou o rosto de uma criança, ainda com menos de seis semanas de vida, sabia que poderia partir deste mundo em paz (Lucas 2:25-35).
André transbordou com expectativas, baseadas em diversas profecias do Velho Testamento, quando correu para dizer ao irmão dele: "Achamos o Messias" (João 1:41).
Natanael tinha que ver para crer. Filipe havia dito as maravilhosas novas sobre seu encontro com aquele que veio para cumprir as profecias antigas, mas ele continuou cético. Jesus lhe ofereceu provas que apagaram suas dúvidas, e a confissão de Natanael expressou os elementos principais de grandes profecias sobre o reino: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel" (João 1:49).
Pouco tempo depois, Jesus pregou abertamente o evangelho do reino de Deus, afirmando: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo" (Marcos 1:15). "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho" para redimir e reinar (Gálatas 4:4-7).
Há um elemento inegável de esperança quando passamos do Velho ao Novo Testamento. Pessoas que conheciam as Escrituras, especialmente os judeus, aguardavam a vinda do Rei que estabeleceria seu reino invencível. Embora o entendimento deles fosse obscuro, devido às limitações de seus pontos de vista políticos, não podemos negar o significado da expectativa messiânica.
Tal esperança era bem-fundamentada. Profetas do Antigo Testamento, eles mesmos incertos sobre os detalhes de cumprimento (1 Pedro 1:10-12), tinha apresentado uma imagem coerente do ungido líder do reino divino. Para apreciar melhor a base das expectativas messiânicas, vamos dar consideração breve alguns exemplos de predições do Velho Testamento sobre o reino.
Deus Estabeleceria a Casa do Rei (2 Samuel 7:11-17)
O sonho da vida de Davi era edificar uma casa para Deus. Ele tinha sido abençoado com um palácio real e com domínio sobre os seus inimigos. Agora, ele pensou na casa de Deus. O profeta Natã apoiou o plano antes de ouvir o que Deus diria a respeito dele. Deus não permitiria as mãos de Davi, cobertas com o sangue de seus inimigos, a erigir o templo. Davi prepararia tudo que seria necessário, da planta às matérias-primas, mas a construção seria feita por Salomão. Enquanto alguns aspectos da mensagem de Natã a Davi se aplicam a Salomão, ao templo físico e à linhagem de reis do Velho Testamento descendentes de Davi, há nessa profecia elementos principais de predições sobre o Messias. Podemos ver que a profecia seria cumprida depois da morte de Davi (7:12; veja Atos 2:29) e que envolveria o descendente de Davi (7:12). Jesus veio da linhagem de Davi (Lucas 2:23-38, especialmente versículo 31). Deus prometeu estabelecer o reino de seu descendente (7:12). Salomão, de fato, reinou depois de Davi, e os seus descendentes continuaram reinando sobre o reino físico de Judá durante mais de três séculos, mas a expectativa do rei descendente de Davi ainda esperava seu cumprimento total em Cristo (Lucas 1:31-33).
Nessas promessas sobre o reino do descendente de Davi, Deus explicou a afirmação curiosa de 7:11 — "...ele, o Senhor, te fará casa". Davi já tinha casa (7:1). A idéia era que ele faria uma casa para Deus, mas agora o Senhor inverteu tudo! Deus não está falando aqui de casas materiais. Ele está olhando para a edificação do reino do descendente de Davi. Mas, há mais. O descendente de Davi construiria uma casa para o Senhor (7:13). Certamente Salomão edificaria uma casa luxuosa coberta de ouro, mas a promessa pede um cumprimento maior visto na casa que Jesus edificou (Mateus 16:18; 1 Pedro 2:4-10; Efésios 2:19-22). É o trono de Jesus, e não de Salomão, que seria estabelecido por Deus para sempre (7:13). Deus estava tão certo do sucesso de seu plano eterno que ele falou, através de Davi, quase 1.000 anos antes da incarnação de Jesus: "Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião" (Salmo 2:6). A relação de Pai e filho em 7:14 claramente inclui Salomão, assim explicando os comentários sobre transgressões e castigo (1 Crônicas 28:6). Mas, mais uma vez, há um cumprimento maior no papel do único Filho, elevado acima de anjos para reinar sobre a casa de Deus (João 1:14; Hebreus 1:5; 3:6). Jesus está no trono e homens ímpios jamais serão capazes de destroná-lo (Atos 2:30-36; 4:23-31).
Embora Natã, provavelmente, não compreendesse o significado da mensagem que ele transmitiu a Davi, mas multidões de sujeitos do reino continuam recebendo os benefícios das bênçãos prometidas por meio do descendente de Davi.
O Rei Invencível e Esmagador (Salmo 2)
Atos 4:23-31 fornece todas as provas necessárias para aplicar a profecia de Salmo 2 a Jesus. Em concordância com a profecia de Natã em 2 Samuel 7, Davi profetizou da colocação do Ungido (Messias ou Cristo) do Senhor no trono. A linguagem forte deste salmo, especialmente dos versículos 9 a 12, nos lembra que é um reino poderoso. Todos os reis da terra não podem destroná-lo—não na cruz, nem com as ameaças contra os apóstolos, nem com as pedras jogadas em Estêvão e outros mártires. Enquanto os súditos corretamente destacam a benevolência do Rei amoroso, não devemos esquecer a imagem do monarca, justamente irado, expulsando os cambistas do templo, ou segurando uma vara de ferro para esmagar aqueles que recusam aceitar seu domínio de amor.
O Monte da Casa do Senhor (Isaías 2:1-4; Miquéias 4:1-3)
Isaías, e seu contemporâneo do 8º século a.C., Miquéias, olharam para os últimos dias, quando o sistema judaico fracassado daria lugar ao reino eterno fundado por Deus (veja Atos 2:17). Eles predisseram o ingresso de pessoas de todas as nações (um conceito que Pedro compreendeu com muita dificuldade em Atos 10). Eles viram a palavra do Senhor se espalhando de Jerusalém (veja Atos 1:8, que serve como previsão do resto da História do Novo Testamento). Viram inimigos se tornando irmãos, como se cumpriu na cruz daquele que é a nossa paz (Efésios 2:11-18).
Ironicamente, o ponto frequentemente esquecido nestas maravilhosas profecias é a parte maior: o monte! Quantas vezes leitores, ansiosos para enfatizar a igreja (1 Timóteo 3:15), praticamente pulam a palavra "monte" para falar sobre o estabelecimento da casa do Senhor. Leia de novo, se necessário: "...o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes...." Montanhas, frequentemente, representam poder e autoridade, e a casa de Deus permaneceria para sempre sobre o alicerce sólido de poder e autoridade absolutos. Jesus, o qual tem toda a autoridade (Mateus 28:18) é a pedra angular (1 Pedro 2:6-7), o fundamento (1 Coríntios 3:11). Se edificarmos sobre ele, ficaremos em pé no dia eterno (Mateus 7:24-25; 2 Pedro 1:10-11).
A Vinda do Reino Consumidor (Daniel 2 e 7)
Chegando mais perto do fim do Antigo Testamento, Daniel oferece informações mais detalhadas sobre o reino que estava por vir. Quando ele revelou e interpretou o sonho de Nabucodonosor, ele previu impérios mundiais que viriam. Comparando as profecias dos capítulos 2, 7 e 8, podemos identificar com certeza os primeiros três impérios citados (Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia). Seguindo a História, e considerando as informações acrescentadas por João no Apocalipse, reconhecemos o quarto, o reino de ferro misturado com barro de lodo, como o império romano. Jesus viveu e morreu durante a época romana, exatamente como Deus tinha revelado 600 anos antes mediante o profeta Daniel. No contexto do período romano, Daniel disse: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído...." (2:44). A autoridade absoluta deste domínio universal viria de Deus, e duraria para sempre.
Os Sujeitos Conquistadores
Desde o início deste artigo, temos examinado todas essas profecias no contexto do cumprimento no Novo Testamento em Jesus. O reino foi estabelecido, e cristãos hoje foram transportados para ele (Colossenses 1:13). Fomos conquistados por Cristo. Mas, ele não nos dominou para destruir ou abusar, como conquistadores humanos fariam. Ele nos convida a "conquistar" o prêmio eterno preparado para nós (Filipenses 3:12-14).
Para aqueles que, geralmente, se consideram pessoas sem importância, as palavras de Daniel 7:18 oferecem uma visão significante do plano divino. Os sujeitos, "os santos do Altíssimo" teriam participação no governo. Não somos meramente súditos do Cristo conquistador, nós mesmos "somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Romanos 8:37). No mesmo sentido João, o autor no Novo Testamento que mais reflete a mensagem e o espírito de Daniel, afirmou com confiança por meio de uma pergunta: "Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?" (1 João 5:5).
O reino foi prometido e as promessas foram cumpridas. Graças ao poder incomparável do Deus de amor, somos privilegiados em fazer parte desse reino, aguardando a glória eterna na presença do nosso Rei!
Dennis Allen
Postado por: www.crentebiblia.blogspot.com