O PODER DO LÍDER
RELIGIOSO
A criação de uma denominação chamada de “igreja” é algo
muito fácil e a prova está que somente no Brasil temos mais de 20 mil.
Pois bem. Cria-se um nome para a denominação, um CNPJ, abre
contas em bancos, um endereço, compram-se cadeiras, uma boa aparelhagem de som,
ventiladores uma boa iluminação e pronto. Estamos diante de um local propício
para congregarmos e falarmos sobre as Boas Novas do nosso Salvador, o filho
amado no nosso Criador.
Aí vem a pergunta chave: Está pronta a denominação para que
os trabalhos de evangelização possam começar? A resposta é N Ã O. Por que NÃO? Porque falta o
principal: Aquele elemento que se coloca entre o homem e o Criador que é o “pastor”,
homem, que tem uma boa oratória, tem diploma de teólogo e conhece muito bem
como manipular a Palavra de Deus, e uma estrutura que o deixa acima de todos os
demais que ali se fizerem presentes que é o ALTAR (PÚLPITO) e ainda existem
aqueles que outrora foram mágicos, ilusionistas, malabaristas e hoje,
considerado nicho de mercado, temos a gospelatria.
A figura desse homem (pastor) é considerada igual ou
superior a do Nosso Salvador: Ele pode julgar condenar, ungir, manipular o
Espírito Santo e barganhar com Deus. Ele proíbe tudo. A membresia é subordinada
a ele. Toda prática que estiver contra a sua doutrina é motivo de repreensão,
castigo, discriminação e até mesmo se resolver se afastar do seu aprisco é tido como “está nas trevas” e os irmãos agora são orientados a não se misturarem com ele porque “Luz” não se mistura com “trevas”, causando, assim, discórdia, intrigas
e contendas entre eles. Somente “o deus”
(ele) da sua “igreja” tem poder. Muitos deles praticam rituais pagãos sem
saber porque aprenderam errado levando muitos ao abismo com ele. O mitraísmo
é um grande exemplo.
O MITRAÍSMO.
O ritual do mitraísmo era complicado e significativo.
Incluía uma complexa cerimônia de iniciação em sete estágios ou graus, o último
dos quais firmava uma amizade mística com o deus. Longas provas de abnegação e
mortificação da carne constituíam complementos necessários ao processo de
iniciação. A admissão à completa participação no culto habilitava uma pessoa a
participar dos sacramentos, sendo o mais importante o batismo e uma
refeição sagrado com pão, água e, possivelmente, vinho. Outras observâncias
incluíam a purificação lustral (oblação cerimonial com água santificada),
a queima de incenso, os cânticos sagrados e a guarda dos dias
santos. Destes últimos, eram exemplos típicos o domingo e o dia
25 de dezembro. Imitando a religião astral dos caldeus (Zoroastrismo), cada
dia da semana era dedicado a um corpo celeste. Uma vez que o sol, como fonte de
luz e fiel aliado de Mitra, era o mais importante desses corpos, seu dia era,
naturalmente, o mais sagrado, ou seja, o "domingo
representava o dia do sol" e dia de guarda
semanalmente. O dia 25 de dezembro possuía também
significação solar: sendo a data aproximada do solstício de
inverno, marcava a de sua longa viagem ao sul do Equador. Era, em certo sentido
o "dia do nascimento do sol",
uma vez que assinalava a renovação de suas forças vivificadoras para benefício
do homem.
PREGAR AS BOAS
NOVAS
Mas o Senhor me mandou pregar (Amós 7:15). A única
autorização que precisamos para pregar a palavra de Deus é a ordem do Senhor!
Não depende de diploma, certificado ou qualquer outro documento humano. Jesus
enviou seus apóstolos ao mundo (Mateus 28:18-19), e estes equiparam outros
servos, que ensinaram outros a continuar fazendo o trabalho do Senhor (2
Timóteo 2:2).
Você pode tentar proibir a pregação da verdade, mas não
mudará nada da vontade de Deus. Sua rejeição trará a ira de Deus sobre você
(Amós 7:16-17).
O PRUMO DE DEUS HOJE
A construção deve ser uma casa espiritual com Jesus como a
pedra angular (1 Pedro 2:1-8). Ilustrações como esta nos convidam a examinar as
nossas práticas à luz das Escrituras, comparando a planta de Deus com o muro
torto dos homens. Como o prumo deve ser aplicado hoje? Considere alguns
exemplos:
Pregar Cristo ou pregar doutrinas dos homens (1 Coríntios
2:1-2,5)? Em muitas igrejas hoje, pregações e aulas têm pouco conteúdo bíblico
e muitas ideias de psicólogos querendo deixar os ouvintes se sentirem bem.
Paulo nos alertou deste perigo e nos deu a resposta certa (2 Timóteo
4:1-5).
Louvar a Deus, conforme a sua vontade, ou fazer show para
atrair os homens?
Respeitar as instruções de Deus sobre a liderança nas
igrejas, ou escolher homens e mulheres conforme a vontade da sociedade?
Pregar tudo que a Bíblia diz sobre a salvação, ou diluir a
palavra para tentar facilitar o ingresso no reino?
Abrir mão do materialismo e das coisas que o mundo valoriza,
ou pregar a prosperidade e a saúde como direitos dos fiéis?
A FISCALIZAÇÃO DE DEUS
A mensagem de Amós não foi bem aceita, mas foi verdadeira.
Ele avisou o povo do perigo de ser religioso sem ser obediente a Deus. Agora,
mais de 2.700 anos mais tarde, o que nós faremos com a mensagem deste profeta?
Se Deus ficasse no meio do povo religioso hoje – seja católico, seja evangélico
– com seu prumo na mão, qual seria o resultado da fiscalização?
Se o muro está torto, devemos ter coragem para derrubá-lo e
voltar à planta original!