ALGUMA COISA MUDOU?
E, todos os dias, no
pátio do Templo e de casa em
casa, eles continuavam a ensinar e a anunciar a
boa notícia a respeito do Salvador, o Messias.
Algum tempo depois, o número de judeus que se tornaram
seguidores do Salvador aumentou muito, e os que tinham sido criados fora da
terra de Israel começaram a se queixar dos que tinham sido criados em Israel. A
queixa deles era que as viúvas do seu grupo estavam sendo esquecidas na
distribuição diária.
Então os doze apóstolos reuniram todo o grupo de seguidores
e disseram: - Não
está certo nós deixarmos de anunciar
a palavra do Criador para tratarmos de servir a mesa.
Por isso, irmãos, escolham entre vocês sete homens de
confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, e nós entregaremos esse
serviço a eles.
Assim nós poderemos continuar usando todo o nosso tempo na
oração e no trabalho de anunciar a palavra do Altíssimo.
Todos concordaram com a proposta dos apóstolos. Então
escolheram Estêvão, um homem cheio de fé e do Espírito Santo,
e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um
não-judeu que antes tinha se convertido ao Judaísmo.
Esses homens foram levados aos apóstolos, que oraram e
puseram as mãos sobre a cabeça deles.
A palavra do Criador continuava a se espalhar. Em Jerusalém
o número dos seguidores do Salvador crescia cada vez mais, e era grande o
número de sacerdotes judeus que aceitavam a fé no Salvador.
Estêvão, um homem muito abençoado pelo
Criador e cheio de poder, fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo.
Mas ficaram contra ele alguns membros da “Sinagoga
dos Homens Livres”, que era a sinagoga dos judeus que tinham
vindo das cidades de Cirene e Alexandria. Estes e outros judeus da região da
Cilícia e da província da Ásia começaram a discutir com Estêvão.
Mas o Espírito do Criador dava tanta sabedoria a Estêvão, que ele
ganhava todas as discussões.
Então eles pagaram
algumas pessoas para dizerem: — Nós ouvimos este
homem dizer blasfêmias contra Moisés e contra o Criador!
Dessa maneira eles atiçaram o povo, os líderes e os mestres da Lei.
Depois foram, agarraram Estêvão e o levaram ao Conselho Superior.
Então arranjaram
alguns homens para dizerem mentiras a respeito dele. Essas pessoas
afirmaram o seguinte: — Este homem não para de falar contra o nosso santo templo
e contra a Lei de Moisés.
Nós o ouvimos quando ele dizia que esse Messias vai destruir o templo e
mudar todos os costumes que Moisés nos deu.
Todos os que estavam sentados na sala do Conselho Superior
olhavam firmemente para Estêvão e viram que o
rosto dele parecia o rosto de um anjo.
O Grande Sacerdote perguntou a Estêvão: — O que essas
pessoas estão dizendo é verdade?
Estêvão respondeu: — Irmãos e pais, escutem! O glorioso Criador
apareceu ao nosso antepassado Abraão quando este morava na região da
Mesopotâmia, antes de ir morar na cidade de Harã.
E o Criador lhe disse: “Saia da sua terra e do meio dos seus
parentes e vá para uma terra que eu lhe mostrarei.”
Então ele saiu da Caldéia e foi morar em Harã. Depois que o
pai dele morreu, o Criador trouxe Abraão para esta terra onde vocês agora estão
morando.
Ele não deu a Abraão nem mesmo um palmo desta terra, mas
prometeu que ia lhe dar toda esta terra e que depois ela seria dos seus
descendentes. Quando o Criador fez essa promessa, Abraão ainda não tinha filhos.
Ele disse a Abraão: “Os seus
descendentes vão viver como estrangeiros em outra terra. Ali eles serão
escravos e serão maltratados durante quatrocentos anos.”
— E o Criador disse ainda: “Eu
castigarei a nação que os escravizar. Depois disso eles voltarão daquela terra
e me adorarão neste lugar.”
O Criador deu a Abraão a cerimônia da circuncisão como prova
da aliança que fez com ele. Por isso Abraão
circuncidou o seu filho Isaque
uma semana depois do seu nascimento. Isaque circuncidou o seu filho Jacó, e Jacó fez o mesmo com os seus doze filhos, os patriarcas.
Estêvão continuou: — Os irmãos de José tinham inveja dele e o
venderam para ser escravo no Egito. Mas o
Criador estava com ele e o livrou de todas as suas aflições. Quando José
apareceu diante de Faraó, rei do Egito, o Criador lhe deu sabedoria e modos
agradáveis. E Faraó o nomeou governador do Egito e do palácio do rei.
Depois houve falta de alimentos e muito sofrimento no
Egito e em Canaã, e os nossos antepassados não tinham mais o que comer.
Mais tarde, Jacó ouviu dizer que no Egito havia trigo e
mandou pela primeira vez os nossos antepassados até lá.
Na segunda vez José contou aos seus irmãos quem ele era, e
Faraó ficou sabendo da família de José.
Então José mandou buscar o seu pai Jacó e todos os seus
parentes, a fim de irem para o Egito; eram setenta e cinco pessoas ao todo.
Jacó foi para o Egito, e ali ele e os nossos antepassados
ficaram morando até o dia da morte deles.
Depois os corpos deles foram trazidos para Siquém e postos
no túmulo que Abraão tinha comprado dos descendentes de Hamor por um certo
preço.
— Quando estava chegando o tempo do Criador cumprir o juramento
que havia feito a Abraão, o nosso povo tinha aumentado muito no Egito.
Então um rei que não sabia nada a respeito de José começou a
governar o Egito.
Esse rei enganou e maltratou os nossos
antepassados, a ponto de obrigá-los a abandonar as suas próprias criancinhas
para que elas morressem.
Nesse tempo nasceu Moisés, que era uma linda criança, e
durante três meses os seus pais cuidaram dele em casa.
Mas, quando tiveram de abandoná-lo, a filha do rei o adotou
e criou como seu próprio filho.
E assim ele foi instruído em toda a ciência dos egípcios e
se tornou um homem que falava e agia com autoridade.
Estêvão disse ainda: — Quando Moisés já estava com quarenta
anos, resolveu ir ver a sua gente, os israelitas.
Ali viu um egípcio maltratando um homem do seu povo. Então
defendeu o israelita e o vingou, matando o egípcio.
Moisés pensava que os israelitas entenderiam que o Criador
ia libertá-los por meio dele, mas eles não entenderam.
No dia seguinte Moisés viu dois israelitas brigando. E,
tentando apartar a briga, disse: “Homens,
escutem! Vocês são irmãos; por que estão brigando?”
— Mas aquele que estava maltratando o outro empurrou Moisés
para um lado e disse: “Quem pôs você
como nosso chefe ou nosso juiz?
“Você está querendo me matar como matou o egípcio ontem?”
Quando Moisés ouviu isso, fugiu do Egito e foi morar na
terra de Midiã, e ali nasceram dois filhos dele.
— Quarenta anos mais tarde, quando Moisés estava no deserto,
perto do monte Sinai, um anjo apareceu a ele, no meio do fogo de um espinheiro
que estava queimando.
Moisés ficou admirado com o que estava vendo e chegou perto
para ver melhor. Então ouviu a voz do Criador, que disse:
“Eu sou o Criador dos seus antepassados, o Criador de
Abraão, de Isaque e de Jacó.” Moisés tremia de medo e não tinha coragem de
olhar.
Então o Criador disse: “Tire as sandálias, pois o lugar onde você
está é um lugar sagrado.
Eu tenho visto como o meu povo está sendo maltratado no Egito; tenho
ouvido os gemidos deles e desci para libertá-los. Agora vou mandar você para o
Egito.”
E Estêvão
continuou: — Esse mesmo Moisés foi rejeitado pelo povo de Israel.
Eles lhe perguntaram: “Quem pôs você como nosso chefe ou nosso juiz?” Deus
enviou esse Moisés como líder e libertador, com a ajuda do anjo que apareceu no
espinheiro.
Foi ele quem tirou os israelitas do Egito, fazendo milagres
e maravilhas naquela terra, e também no mar Vermelho, e no deserto, durante
quarenta anos.
Foi esse mesmo Moisés quem disse aos israelitas: “Do meio de
vocês o Criador escolherá e enviará para vocês um profeta, assim como ele me
enviou.”
Foi Moisés quem esteve com os israelitas reunidos no
deserto; ele esteve lá com os nossos antepassados e com o anjo que falou com
ele no monte Sinai. E foi Moisés quem recebeu e nos entregou as mensagens vivas
do Criador.
— Os nossos antepassados não quiseram obedecer a Moisés, mas o
rejeitaram e queriam voltar para o Egito.
Eles disseram a Arão: “Faça para nós
deuses que irão à nossa frente. Não sabemos o que aconteceu com Moisés, aquele
homem que nos tirou do Egito.”
IR APÓS OUTROS
DEUSES – Pecado contra o Criador = “Iniquidade”.
Então fizeram uma imagem em forma de bezerro e mataram
animais para oferecer a ela como sacrifício. Depois deram uma festa em honra da
imagem que eles mesmos tinham feito.
Mas o Criador se afastou deles e deixou que adorassem as
estrelas do céu, como está escrito no Livro dos Profetas: “Ó povo de Israel, não foi para
mim que vocês mataram e ofereceram animais em sacrifício durante quarenta anos
no deserto.
Vocês carregaram a barraca do deus Moloque e também a imagem da
estrela de Raifã, o deus de vocês. Esses eram ídolos que vocês tinham
feito para adorar. Por isso vou mandar vocês para além da Babilônia.”
MOLOQUE: também conhecido como Malcã, conforme os textos bíblicos, é
o nome do deus ao qual os amonitas,
uma etnia de Canaã,
sacrificavam
seus recém-nascidos, jogando-os em uma fogueira. Também é o nome
de um demônio na tradição cristã e cabalística .
RAIFÃ: Demônio: Belzebu,
Baal, Legião, Mamom, Rainha dos céus, Renfã,
etc.
— No deserto, os nossos antepassados tinham consigo a Tenda
da Presença do Criador. Essa Tenda foi feita como o Criador tinha mandado
Moisés fazer, de acordo com o modelo que Criador lhe havia mostrado.
Eles tinham recebido a Tenda dos seus antepassados e a
levaram quando foram com Josué e conquistaram as terras das nações que o
Criador expulsou de diante deles. A Tenda ficou lá com eles até o tempo de
Davi.
Davi recebeu a aprovação do Criador e pediu licença para
construir uma casa para o Altíssimo de Jacó.
Mas foi Salomão quem construiu a casa de deus.
— Porém o Altíssimo não mora em casas
construídas por seres humanos. Como disse o profeta:
“O céu é o meu trono, diz o Altíssimo,
e a terra é o estrado onde descanso os meus pés. Que tipo de casa vocês
poderiam construir para mim? Como conseguiriam construir um lugar onde eu pudesse
morar?
Por acaso não fui eu quem fez todas as coisas?”
E Estêvão
terminou, dizendo: — Como vocês são
teimosos! Como são duros de coração e surdos para ouvir a mensagem do Criador!
Vocês sempre têm rejeitado o Espírito Santo, como os seus antepassados rejeitaram.
Qual foi o profeta que os antepassados de vocês não perseguiram? Eles
mataram os mensageiros do Criador que no passado anunciaram a vinda do Bom
Servo. E agora vocês o traíram e o mataram.
Vocês receberam a lei por meio de anjos e não têm obedecido a essa lei.
Quando os membros do Conselho Superior acabaram de ouvir o
que Estêvão tinha dito, ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele.
Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou
firmemente para o céu e viu a glória do Criador. E viu também o Salvador em pé,
ao lado direito do Altíssimo.
Então disse:
— Olhem! Eu estou vendo o céu aberto e o Filho do Homem em
pé, ao lado direito do Criador.
Mas eles taparam os ouvidos e, gritando bem
alto, avançaram todos juntos contra Estêvão.
Depois o jogaram para fora da cidade e o
apedrejaram. E as testemunhas deixaram um moço chamado Saulo
tomando conta das suas capas.
Enquanto eles atiravam as pedras, Estêvão chamava o Salvador,
dizendo: — Filho do Altíssimo, recebe o meu espírito!
Depois,
ajoelhou-se e gritou com voz bem forte: — Pai,
não condenes esta gente por causa deste pecado! E, depois que disse isso, ele
morreu.
E Saulo aprovou a morte de Estêvão. Naquele mesmo dia a
igreja de Jerusalém começou a sofrer uma grande perseguição. E todos os
cristãos, menos os apóstolos, foram espalhados pelas regiões da Judéia e da
Samaria.
Alguns homens religiosos sepultaram Estêvão e choraram muito
por causa da sua morte.
Porém Saulo se esforçava para acabar com os do caminho (seguidores
do Salvador). Ele ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava
na cadeia.
GRIFO MEU: De todo o texto acima exposto somente o que
denigre a imagem do apóstolo Paulo é citado nos sermões de homens maus que
lideram indevidamente o povo do Criador.
O apóstolo Paulo é o exemplo de um verdadeiro convertido aos
ensinamentos do Salvador.
Leiam as Sagradas Escrituras.