ACREDITE SE QUISER
Sem dúvida alguma, os cristãos de hoje estão confundidos acerca da Igreja.
Existem centenas de denominações em todo o mundo, e todas
presumindo ser a igreja verdadeira. O popular slogan: "vá à igreja que mais lhe agrade" aceita
esta condição e supõe que a Palavra do
Criador seja falha em nos dar uma provisão adequada
para este tempo, guiando-nos em meio à confusão que reina na
cristandade.
Mas, será que o nosso
Salvador queria deixar Seus seguidores sinceros em tal estado de confusão? Vamos diretamente às Escrituras para mostrar o que o
Criador nos diz a respeito de Sua
Igreja nos dias de hoje.
A primeira carta do apóstolo Paulo a Timóteo apresenta
a "Casa
do Criador" (Mas,
se tardar, para que saibas como convém andar na casa do Criador, que é a igreja
do Criador vivo, a coluna e firmeza da verdade) de acordo com o ensinamento do
Criador. A segunda carta apresenta "a Casa" quando esta foi arruinada pelo fracasso do homem e, em sua ruína,
ficou semelhante a uma "grande
casa" na qual "NÃO somente
há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro;
uns para
honra, outros, porém, para desonra" (Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de
prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para
desonra).
O crente que uma vez
tenha visto a verdade da
Igreja ou assembléia como a Casa do Criador, tal como ensinam as Escrituras, talvez não encontre nada ao seu
redor que corresponda ou se ajuste a esta verdade. O que mais vemos na
cristandade é uma "grande casa" na
qual há vasos, uns para honra e outros para desonra. Será que a Palavra do Criador dá instruções para o seu
povo em condições como estas? SIM, ela mesma nos dá a resposta.
Se desejarmos andar neste mundo de acordo com o propósito do Criador, devemos aprender que, por maior que seja nossa inteligência natural, por mais que nossa mente tenha sido
instruída, por maior
que seja nosso conhecimento das Escrituras, e por mais sinceros que sejam
nossos desejos, se confiarmos em nossa inteligência não
poderemos achar a senda do Criador para o seu povo, em meio à confusão reinante na cristandade.
NÃO
somos capazes de encontrar o caminho por
nós mesmos em meio às crescentes dificuldades, tamanha é a contínua oposição à verdade,
ou de nos desembaraçarmos das várias questões e dificuldades que continuamente
surgem.
Após reconhecermos claramente nossa total incompetência, poderemos aprender que não cabe a nós encontrar nosso
caminho como melhor possamos fazê-lo, e que o Criador nunca esperou de nós que
tivéssemos alguma sabedoria ou capacidade em nós mesmos para andar de acordo
com os seus pensamentos. Bem podia o Criador dizer a nosso respeito: "Sem Mim
nada podeis fazer" (Porque a tua boca declara a tua
iniquidade e tu escolhes a língua dos astutos).
Deus tem feito provisão para que conheçamos a sua vontade.
TEMOS UMA
CABEÇA NO CÉU: O Messias na glória é a
Cabeça de Seu Corpo, a Igreja; e toda a sabedoria está na Cabeça. Não temos nenhuma sabedoria em nós mesmos. É de extrema importância
deixarmos nossas próprias "cabeças" e
olharmos para o Messias como "a Cabeça" que nos guia. Se
confiarmos em nossas próprias "cabeças",
não estaremos, na prática, "ligados à Cabeça" (E não ligado à cabeça, da qual
todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em
aumento do Criador).
O ESPÍRITO SANTO, uma pessoa divina, está na Terra. O Criador
sabia que o seu povo não seria capaz de manter-se, por si mesmo, em um mundo do
qual ele estaria ausente. Antes de partir, ele disse: "E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre; o Espírito de verdade... Esse vos ensinará todas as coisas".
A defesa e a manutenção desta verdade não dependem dos crentes, mas da presença
contínua do
Espírito de verdade.
TEMOS A ESCRITURA que, "divinamente
inspirada, é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir,
para instruir em justiça; para que o homem do Criador seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra", e que nos mostra "como convém andar na Casa do Pai, que é a Igreja do Criador vivo, a
coluna e firmeza da verdade". Mas, numa época em que a Casa do Criador foi convertida em uma ruína e quando já não
temos mais a realidade da verdade, o homem do Criador ainda pode recorrer à
infalível autoridade das Escrituras, por meio das quais pode
verificar todas as coisas. Contudo, em hipótese alguma a ruína do
cristianismo, qualquer que seja o seu grau, poderá alterar ao Messias, ao Espírito Santo, ou as Escrituras.
O Messias continua sendo a Cabeça no céu, com toda a sabedoria
necessária para o seu povo, tanto para estes últimos tempos, como o foi nos
primeiros dias da cristandade. O Espírito Santo habita entre os que creem
com inalterável poder para guiar e reger. As Sagradas Escrituras permanecem
com sua autoridade suprema e inalterável. Não obstante, a cristandade, como um todo,
tem posto de lado ao Messias, ao Espírito Santo e as Escrituras.
Os grandes sistemas religiosos dos homens têm retido o nome do
Messias, enquanto têm abolido ao Messias como Cabeça no céu, nomeando-se
cabeças terrenas. Roma tem seu Papa; a igreja grega, seu Patriarca; as
igrejas protestantes, seus reis, arcebispos, presidentes ou moderadores. Por
conseguinte, nesses grandes sistemas, pouco ou nenhum lugar é deixado ao Espírito.
A máquina religiosa e os artifícios carnais do homem têm excluído o Espírito. E
finalmente, os homens têm lançado o mais implacável ataque contra as
Escrituras, manipulando-as a seu bel-prazer, até ao ponto de não restar quase
nenhuma seita na cristandade que mantenha certo grau de reconhecimento de que TODA a Escritura é "DIVINAMENTE INSPIRADA".
O QUE FAZER? As Escrituras nos respondem
definitivamente o que nós devemos manter e como devemos atuar sobre os princípios:
Separação de tudo o que é contrário à verdade do
Criador.
Associação com tudo quanto está de acordo com o
Criador.
O que nos dizem as Escrituras quanto à separação do mal? Todos devemos admitir
que a separação deste mundo ímpio foi sempre necessária para o povo do Criador
em todos os tempos; todavia neste tempo em que a cristandade encontra-se
corrompida, temos instruções especiais para uma separação:
Separação de todo sistema religioso, que é uma negação da verdade do Messias
e da Igreja. "Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o Seu
vitupério". O arraial (ou acampamento) era o sistema judaico
estabelecido originalmente pelo Criador. Era composto de um povo em um
relacionamento exterior com o Pai, com uma ordem terrena de sacerdotes.
É evidente que os
sistemas religiosos da cristandade foram formados sob o modelo do
arraial ou acampamento. Geralmente são compostos de uma mistura de convertidos e inconversos. Tais
sistemas são, definitivamente, de um apelo ao homem natural, pois têm seus santuários terrenos, seu ritual e sua ordenação
humana de sacerdotes ou líderes que se colocam entre o povo e o
Criador. E assim, imitando o arraial ou acampamento, os cristãos puseram
de lado ao Messias como a Cabeça, ao Espírito Santo como guia, e as Escrituras
como autoridade. Se quisermos dar ao Messias seu verdadeiro lugar, devemos
em obediência à Palavra do Criador, sair "a Ele, fora do arraial,
levando o Seu vitupério".
As Escrituras também nos ensinam, de uma maneira muito
clara, a separação da má doutrina. "Qualquer
que profere o nome do Messias aparte-se da iniquidade". Todo
aquele que confessa o nome do Criador, por sua profissão de fé, identifica-se
com o Criador, e é responsável de apartar-se da iniquidade. Está
bem claro que esta passagem está se referindo à "iniquidade"
como sendo más doutrinas. Não devemos associar a iniquidade com o nome do
Messias. Pode ser que seja muito custoso agora nos separarmos da iniquidade,
mas qual é a estima que temos do Messias?
Estas mesmas Escrituras nos pedem para nos separarmos
de pessoas más. A carta do apóstolo Pau a Timóteo
nos fala de "vasos para honra e vasos para desonra",
e diz que devemos nos purificar dos vasos para desonra, para
sermos vasos
para honra, "santificado e idôneo para uso do Criador".
Aqui está se referindo às pessoas e não meramente a doutrina. Em outras
palavras, à medida que nos separamos destes vasos - pessoas, não apenas suas
doutrinas - somos santificados e feitos úteis para uso do Criador. Não é suficiente o não apoiar
suas doutrinas, pois só pelo fato de se estar associado a eles há contaminação
com o mal. Todos os esforços possíveis têm sido feitos, na cristandade, para
debilitar a força desta passagem.
Assim, as Escrituras nos ensinam, com toda evidência, a
separação dos sistemas os quais são
uma negação da verdade; das falsas doutrinas,
que negam a verdade, e dos vasos para
desonra, pessoas que não praticam a verdade. A separação,
ainda que necessária, é sempre negativa, mas deve ter também algo que
seja positivo. Isto nos leva ao grande princípio: associação com o bem.
Devemos seguir "a
justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o
Senhor".
Primeiro deve haver a justiça ou retidão. Qualquer que
seja a profissão de fé que o homem faça se não há nenhuma evidência de
justiça prática, não pode estar de acordo com o Criador. Mas a justiça não é
bastante; o que é justo e o que é injusto não são suficientes para determinar o
caminho do cristão. Ele deve, por princípio, fazer o que é justo, mas para
andar com desembaraço no caminho do Criador se requer fé. Portanto, com a justiça, deve
haver a fé. E a justiça e a fé preparam caminho para o amor. Se o
amor não é garantido pela justiça e pela fé, se degenerará em mero afeto
humano, o qual será usado como desculpa para não se atuar com firmeza e para
passar por alto o mal. Logo estas qualidades conduzem à paz - não a uma
paz desonrosa que faz compromisso com o mal, com a incredulidade e com a
inimizade, mas uma paz honrosa, que resulta da justiça, da fé e do amor.
Se seguirmos assim estas preciosas qualidades, encontraremos
outros fazendo o mesmo - aquele "que, com um coração puro, invocam o Criador"
- com os quais devemos nos associar. A separação não significa o
isolamento. As Escrituras nos mostram que sempre haverá aqueles com
os quais poderemos estar associados ou reunidos.
Portanto, estas passagens das Escrituras fornecem, ao povo do
Criador, instruções precisas para os dias de hoje. Não nos sugerem, nem uma só vez, que saiamos
Casa do Criador. Para fazê-lo, teríamos que sair totalmente fora deste mundo.
Mas do mesmo modo que não podemos sair da Casa, somos responsáveis de nos
apartarmos do mal que há dentro da Casa. Não nos é dito que voltemos a
construir a Casa.
É, portanto, nossa responsabilidade, andarmos na luz do que
foi no princípio, e que aos olhos do Criador ainda existe, e isto apesar de
todo o fracasso do homem. Estas três coisas são necessárias:
- O reconhecimento do Messias como "a
Cabeça".
- O governo e guia do Espírito Santo.
- O atuar de acordo com as Escrituras.
"O Messias amou a Igreja e a si mesmo se entregou por
ela".
Autor desconhecido.
Leia as Escrituras.