O APÓSTOLO PAULO
ASSIM ESCREVEU AOS ROMANOS:
A lei de Moisés pode
ser comparada a um médico que diagnostica uma doença, mas não dá nenhum
remédio.
O que dizer de você?
Você diz que é judeu, confia na lei e se orgulha do Criador
que você adora.
Você sabe o que o Criador quer que você faça e aprende na lei a escolher o que é certo.
Você tem a certeza de que é guia dos cegos, luz para os que estão na escuridão, orientador dos que não têm
instrução e professor dos jovens. Você está certo de que encontra na lei a
apresentação completa do conhecimento e da verdade.
Você, que ensina os outros, por que
é que não ensina a você mesmo? Se afirma que não se deve roubar, por que é que você mesmo rouba?
Se você diz que não
se deve cometer adultério, por que é que você mesmo comete adultério? Você odeia os ídolos, mas rouba as coisas
dos templos.
Você se orgulha de
ter a lei do Criador, mas você é uma vergonha para Ele porque desobedece à sua lei.
Pois as Escrituras Sagradas dizem: “Os não judeus
falam mal do Criador por causa de vocês, os judeus.”
A circuncisão tem
valor se você, que é judeu, obedecer à lei; porém, se não obedecer, é como se você não
tivesse sido circuncidado.
E, se um homem que
não foi circuncidado obedecer aos mandamentos da lei, o Criador o
tratará como se ele fosse circuncidado.
Assim vocês, judeus, serão condenados pelos não judeus, pois vocês desobedecem à lei apesar de terem essa lei
escrita e de serem circuncidados, enquanto que os não judeus obedecem à lei,
embora não sejam circuncidados.
Portanto, eu pergunto: quem
é judeu de fato e circuncidado de verdade? É claro que não é aquele que é judeu
somente por fora e circuncidado só no corpo.
Pelo contrário, o
verdadeiro judeu é aquele que é judeu por dentro, aquele que tem o coração
circuncidado; e isso é uma
coisa que o Espírito do Criador faz e que a lei escrita não pode fazer.
E o louvor que essa pessoa recebe não vem de seres humanos, mas vem do Criador.
Então qual é a vantagem de ser judeu? Será que ser
circuncidado tem algum valor?
Tem, sim, e de muitas
maneiras! E a primeira vantagem é que o Criador entregou a sua
mensagem aos cuidados dos judeus.
Mas, se alguns não
foram fiéis, será que por isso o Criador vai ser infiel?
De modo nenhum! Que o Criador continue a ser verdadeiro,
mesmo que todas as pessoas sejam mentirosas.
Como dizem as Escrituras Sagradas a respeito dele:
“Que fique provado que tu tens razão quando falas e que seja
vencedor quando fores julgado.”
Mas, se as
injustiças que cometemos servem para mostrar que o Criador age com justiça, o que é que podemos dizer? Que o Criador é
injusto quando nos castiga? (Eu falo aqui como as pessoas costumam falar.)
É claro que não! Se o Criador
não fosse justo, como poderia julgar o mundo?
Mas digamos que a
minha mentira faz com que a verdade do Criador fique mais clara, aumentando assim
a glória dele. Nesse caso, por que é que devo
ainda ser condenado como pecador?
Então por que não dizer: “Façamos o mal para que desse mal venha o bem”? Na verdade alguns
têm me caluniado, dizendo que eu afirmo isso. Porém eles serão condenados como merecem.
Então será que nós,
os judeus, estamos em melhor situação do que os não judeus? De modo nenhum!
Já
mostrei que todos, judeus e não judeus, estão
debaixo do poder do pecado.
Como dizem as
Escrituras Sagradas:
“Não há uma só
pessoa que faça o que é certo; não há ninguém que tenha juízo; não há ninguém
que adore ao Pai”.
Todos se desviaram do
caminho certo, todos se perderam.
Não há mais ninguém
que faça o bem, não há ninguém mesmo.
Todos mentem e
enganam sem parar.
Da língua deles saem mentiras perversas, e dos seus lábios saem
palavras de morte, como se fossem veneno de cobra.
A boca deles está cheia de terríveis maldições.
Eles se apressam para
matar.
Por onde passam, deixam a destruição e a desgraça.
“Não conhecem o
caminho da paz e não aprenderam a temer o Criador.”
Nós sabemos que tudo
o que a lei diz é dito para os que
vivem debaixo da lei. Isso a fim de que todos parem de se justificar
e a fim de que todas as pessoas do mundo
fiquem debaixo do julgamento do Criador.
Pois ninguém é aceito pelo Pai por fazer o que a lei manda, porque a lei faz com que as pessoas saibam que são
pecadoras.
Mas agora o Criador já mostrou que o meio pelo qual ele
aceita as pessoas não tem nada a ver com lei.
A Lei de
Moisés e os Profetas dão testemunho do seguinte:
O Criador aceita as pessoas por meio da fé que elas têm no Messias. É assim
que ele trata todos os que creem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas.
Todos
pecaram e estão
afastados da presença gloriosa do Altíssimo.
Mas, pela sua graça e sem exigir nada, o Criador aceita todos por meio do Messias,
que os salva.
O Criador ofereceu o Messias como sacrifício para que, pela sua morte no madeiro, o Messias se tornasse o meio de as pessoas
receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. O Criador quis mostrar com isso que ele é
justo. No passado ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus
pecados; mas agora, pelo sacrifício do Messias, o Pai mostra que é justo. Assim
ele é justo e aceita os que creem no Salvador.
Será que temos motivo para ficarmos orgulhosos? De modo nenhum! E por que não? Será que é porque obedecemos à lei? Não; não é. É porque cremos no Salvador.
Assim percebemos que
a pessoa é aceita pelo Criador pela fé e não por fazer o que a lei manda.
Ou será que o Criador é somente Criador dos judeus? Será que
não é também Criador dos não judeus? Claro que é!
O Criador é um só e aceitará os judeus na base da sua fé e também
aceitará os não judeus por meio da fé que eles têm.
Será que isso quer dizer que,
por causa da fé, nós tratamos a lei como se ela não valesse nada? Não; de modo nenhum! Pelo contrário, afirmamos que a lei tem valor.
Leia as Escrituras.