SUBLIME É O PERDÃO
Disse o Senhor, Criador dos céus e da terra e de tudo que no
universo há: Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus
pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais (Hebreus 8.12).
Na sua infinita misericórdia, o Senhor perdoa os nossos
pecados e das nossas iniquidades e prevaricações não se lembrará mais. E nós,
ínfimas criaturas, muitas vezes temos dificuldades para perdoar aqueles que nos
ofenderam. Às vezes até pensamos e dizemos que perdoamos, mas não conseguimos
esquecer os agravos que sofremos, e enquanto estivermos lembrando com raiz de
amargura no coração, é porque ainda não liberamos o perdão.
Considere
a Palavra do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, Mateus 6.12-15 Ele mesmo
disse ao Pai: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores; porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens, as suas
ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
O Senhor sonda
os nossos corações, Ele sabe perfeitamente que prostrar-se diante do Pai e
rogar-lhe o perdão, é algo relativamente fácil. Mas tirar a mágoa do coração,
perdoar e não se lembrar mais, já não é tão simples assim. Por isso Ele, condicionou: Se perdoarmos aos
homens as suas ofensas, receberemos do Pai, o perdão, porém, se não perdoarmos
também não seremos perdoados.
No Evangelho de Mateus 5.43 a 46, disse Jesus: Ouvistes que
foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos
digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que
vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais
filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus
e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos
amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
A PARÁBOLA DO CREDOR
INCOMPASSIVO
Nesta parábola, o Senhor Jesus, numa narrativa alegórica,
compara o Reino dos céus a certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
e, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
E, não tendo ele com que pagar o seu senhor mandou que ele,
e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, para saldar a dívida. Mas aquele
servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor sê generoso para comigo,
e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão,
soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos
que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me
o que me deves. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe,
dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo
na prisão, até que pagasse a dívida.
Mas sabendo o seu senhor tudo o que se passara, chamando-o à
sua presença, disse-lhe: Servo malvado perdoei-te toda aquela dívida, porque me
suplicaste, não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como
eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores,
até que pagasse tudo o que devia. Assim
vos fará também o Pai Celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu
irmão, as suas ofensas.
No Evangelho de Mateus 18.21, 22, Pedro, aproximando-se de
Jesus, disse: Senhor, até quantas vez pecará meu irmão contra mim, e eu lhe
perdoarei? Até sete? Jesus lhe respondeu: Não te digo que até sete, mas até
setenta vezes sete.
As sábias palavras do Mestre nos ensinam que não há limite
para se perdoar. Precisamos perdoar
nossos irmãos quantas vezes necessárias forem, porque também somos pecadores, e
o Pai Celestial é infinitamente misericordioso, está sempre pronto a nos
perdoar quando há arrependimento, quando há conversão, quando nos tornamos uma
nova criatura, lavada e remida no sangue do Cordeiro.
CRISTO NOS ENSINA A
PERDOAR
No Evangelho de Lucas 6. 27-36, disse Jesus: Amai a vossos
inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem, bendizei os que vos maldizem e orai
pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra;
e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses.
Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai,
sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do
Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também
vosso Pai é misericordioso.
Na carta aos Romanos 12. 17 a 21 diz: A ninguém torneis mal
por mal; procurai as coisas honestas perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós,
tende paz com todos os homens. Não vos
vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha
é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se
tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo
sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer
do mal, mas vence o mal com o bem.
I Pedro 2.18 a 23, a palavra diz: Vós, servos, sujeitai-vos
com todo o temor ao Senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau;
porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus,
sofra agravos, padecendo injustamente. Porque que glória será essa, se,
pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o
sofreis, isso é agradável a Deus.
Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu
por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas, o qual não
cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano, e, quando o injuriavam, não
injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga
justamente.
E no Evangelho de João 15.12-14, disse Jesus: O meu
mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, as como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar
alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que
eu vos mando.
O Senhor nos ensina que devemos amar ao próximo da forma
como Ele também nos amou. E como Cristo nos amou, senão dando a sua própria
vida por pecadores, em sacrifico vivo na cruz do Calvário.
A palavra diz que por um justo pode ser que alguém ousaria a
morrer, mas Deus prova o seu amor por nós, dando o seu próprio filho a morrer
por pecadores, para pagar a dívida que o homem contraiu com Deus, pela
desobediência no Jardim do Éden, para nos libertar da maldição do pecado.
I João 4.21, 22 a Palavra descreve: Se alguém diz: Eu amo a
Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual
viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que
quem ama a Deus ame também seu irmão.
A CRUCIFICAÇÃO
Evangelho de Lucas 23.33, 34, narra que, chegaram ao lugar
chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro,
à esquerda. E dizia Jesus: Pai
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
Jesus homem de dores, sacrifício vivo para remissão dos
nossos pecados, foi humilhado das mais terríveis e diversas formas, com todo
poder para transformar o universo em minúsculas partículas, ou simplesmente em
nada, na hora de sua maior aflição não pediu vingança ao Pai, pediu que lhes
perdoassem, deixando em si mesmo, o maior exemplo de bondade e humildade, que
sublime é o perdão.
Comunidade Cristo é a Verdade