"Se alguém ouve as
minhas palavras e não lhes obedece, eu não o julgo. Pois não vim
para julgar o mundo, mas para salvá-lo”.
CARTA AOS HEBREUS
Cada Grande
Sacerdote é escolhido entre os homens e nomeado para servir ao Pai
em favor do povo, apresentando ao Criador ofertas e
sacrifícios pelos pecados.
Como ele
próprio tem as suas fraquezas, pode ter paciência com os ignorantes e
com os que cometem erros.
E, porque
ele mesmo é fraco, precisa oferecer sacrifícios não somente pelos pecados do
povo, mas também pelos seus próprios pecados.
Ninguém escolhe para si mesmo a honra de ser Grande
Sacerdote. É somente pela vontade
do Pai que um homem é chamado para
ser Grande Sacerdote, como aconteceu com Arão.
Assim também o Salvador não tomou para si mesmo a
honra de ser Grande Sacerdote; foi o
Pai quem lhe deu essa honra, pois lhe disse: “Você é o meu Filho; hoje eu me
tornei o seu Pai”.
Em outro
lugar das Escrituras, ele também
disse: “Você será sacerdote para sempre, na ordem do sacerdócio de Melquisedeque”.
Durante a
sua vida aqui na terra, o Salvador, em voz alta e com lágrimas, fez orações e
súplicas ao Pai, que o podia salvar da morte. E as suas orações foram
atendidas porque ele era dedicado ao Criador.
Embora
fosse o Filho do Criador, ele aprendeu, por meio dos seus sofrimentos, a ser
obediente.
E, depois de ser aperfeiçoado, ele se tornou a fonte da
salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
E o Pai o nomeou Grande Sacerdote, na
ordem do sacerdócio de Melquisedeque.
Temos muito
o que dizer a respeito
desse assunto; mas, porque vocês custam a entender as coisas, é difícil explicá-las.
Depois de tanto tempo, vocês já deviam ser mestres, mas
ainda precisam de alguém que lhes ensine as primeiras lições dos ensinamentos do
Altíssimo. Em vez de alimento
sólido, vocês ainda precisam de leite.
E quem precisa de leite ainda é criança e não tem nenhuma
experiência para saber o que está certo ou errado.
Porém a comida dos adultos é sólida, pois eles pela
prática sabem a diferença entre o que é bom e o que é mau.
Assim, vamos
em frente a fim de chegarmos ao ensinamento de adultos, deixando para trás as
primeiras lições da mensagem do Salvador. Nós não vamos colocar de novo as bases dessa mensagem, isto é, a necessidade de abandonar uma vida inútil
e de crer no Criador; o ensinamento
a respeito dos batismos e da cerimônia de pôr as mãos sobre os
irmãos; e a ressurreição dos mortos e o julgamento eterno.
Vamos
em frente! E, se o Criador quiser, é isso o que faremos.
Como é que
as pessoas que abandonaram a fé podem se arrepender de novo? Elas já estavam na
luz do Criador. Já haviam experimentado o dom do céu e recebido a sua parte do
Espírito Santo.
Já
haviam conhecido por experiência que a palavra do Pai (QUE É O SALVADOR) é boa e tinham experimentado os poderes do
mundo que há de vir.
Mas
depois abandonaram a fé. É impossível levar essas pessoas a se arrependerem de
novo, pois estão crucificando outra vez o Filho do Altíssimo e zombando
publicamente dele.
Deus abençoa
a terra que recebe a chuva, a qual muitas vezes cai sobre ela e produz plantas
úteis para aqueles que trabalham nela.
Mas a terra que produz mato e espinhos não serve para nada;
ela corre o perigo de ser amaldiçoada pelo Criador e acaba sendo queimada.
Porém, ainda
que falemos dessa maneira, meus queridos irmãos, estamos certos de que vocês
têm as melhores bênçãos que vêm da salvação.
O Pai não é injusto. Ele não esquece o
trabalho que vocês fizeram nem o amor que lhe mostraram na ajuda que deram e ainda estão dando aos seus
irmãos na fé.
O nosso
profundo desejo é que cada um de vocês continue com entusiasmo até o fim, para
que, de fato, recebam o que esperam.
Não queremos
que se tornem preguiçosos, mas que sejam como os que crêem e têm paciência,
para que assim recebam o que o Criador prometeu.
O Criador prometeu a todos nós PROSPERIDADE financeira? “NÃO”! O Criador prometeu aos seus filhos a “ VIDA ETERNA”.
O Criador
fez a promessa a Abraão e jurou
cumpri-la. E, como não havia ninguém maior do que ele mesmo, o Criador jurou pelo seu próprio nome.
Ele disse a
Abraão: “Eu prometo que abençoarei você ricamente e lhe darei muitos descendentes”.
Abraão teve
paciência e por isso recebeu o que o Criador havia prometido.
Quando
alguém jura, usa o nome de uma pessoa que é maior do que ele, e o juramento
acaba com qualquer discussão.
Deus
quis deixar bem claro aos que iam receber o que ele havia prometido que jamais
mudaria a sua decisão. Por isso, junto com a promessa, fez o juramento.
Portanto, há
duas coisas que não podem ser mudadas, e a respeito delas o Criador não pode mentir. E assim nós, que
encontramos segurança nele, nos sentimos muito encorajados a nos manter firmes na esperança que nos foi dada.
Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim
como a âncora mantém seguro o barco. Ela passa pela cortina do templo do céu e
entra no Lugar Santíssimo celestial.
Foi lá que,
para o nosso bem, o Salvador entrou antes de nós. E ele se tornou para sempre o
Grande Sacerdote, na ordem do sacerdócio de Melquisedeque.
Esse Melquisedeque era rei da cidade de
Salém e sacerdote do Altíssimo. Quando Abraão
estava voltando da batalha em que matou
os reis, Melquisedeque foi ao encontro dele e o abençoou.
Abraão lhe deu a décima parte de tudo o que ele havia tomado (sequestrado)
dos inimigos na batalha. O nome de Melquisedeque quer dizer primeiramente “Rei da Justiça”. E, porque ele era rei
de Salém, o seu
nome também quer
dizer “Rei da Paz”.
MELQUISEDEQUE ERA A SOMBRA DO NOSSO
SALVADOR.
Não se
conhece o pai, nem a mãe, nem qualquer antepassado de Melquisedeque. E também
não se sabe nada sobre o seu nascimento ou sobre a sua morte. Por
ser como o Filho do Altíssimo, ele continua sacerdote para sempre.
Vejam como Melquisedeque era grande: Abraão, o patriarca, lhe deu a décima parte de tudo o que
havia tomado dos inimigos na batalha.
Conforme a
Lei de Moisés, os sacerdotes, que são descendentes de Levi, têm a obrigação de receber
do povo a décima parte de tudo. Eles recebem dos seus próprios conterrâneos,
embora estes também sejam descendentes de Abraão.
Melquisedeque
não era descendente de Levi, mas recebeu a décima parte daquilo que Abraão
havia tomado na batalha e o abençoou. Sim, abençoou o próprio Abraão, que havia
recebido as promessas do Pai.
Não
há dúvida de que aquele que abençoa é mais importante do que aquele que é
abençoado.
No caso dos sacerdotes, a décima parte é recebida por homens
que um dia vão morrer. Mas, no caso de Melquisedeque, como dizem as Escrituras
Sagradas, a décima parte foi recebida por alguém que continua vivo (o
nosso Salvador).
Portanto, quando Abraão pagou a décima parte,
Levi, cujos descendentes recebem a décima parte, também pagou.
Pois Levi não tinha nascido, e, por
assim dizer, ainda estava no corpo do seu antepassado Abraão quando este se
encontrou com Melquisedeque.
A lei que o
povo de Israel recebeu se baseava no sacerdócio dos levitas. Ora, se o trabalho dos sacerdotes levitas tivesse sido
perfeito (se não foi perfeito, conclui-se que foi imperfeito), não haveria necessidade de aparecer outro tipo de
sacerdote, da ordem do sacerdócio de Melquisedeque e não da ordem de Arão.
Pois, quando se muda o sacerdócio, a lei
também precisa ser mudada.
E o nosso Salvador, a respeito de quem são
ditas essas coisas, pertencia a outra tribo. E nenhum membro dessa tribo jamais serviu
como sacerdote.
É sabido
que, por nascimento, o Messias, o nosso Senhor, pertencia à tribo de Judá, e Moisés não disse nada dessa tribo quando falou a respeito de sacerdotes.
E tudo isso
se torna bem mais claro, pois surgiu um
sacerdote diferente, parecido com Melquisedeque.
Ele não foi feito sacerdote pelas leis ou regras humanas,
porém se tornou sacerdote por meio do poder de uma vida que não tem fim.
Porque as
Escrituras dizem: “Você
será sacerdote para sempre, na ordem do sacerdócio
de Melquisedeque”.
Assim a regra antiga foi anulada porque era fraca e inútil.
Pois a lei não
podia aperfeiçoar nada. Mas agora o Criador nos deu uma esperança melhor, por
meio da qual chegamos perto dele.
Leia as Escrituras.