O LÍDER RELIGIOSO ENSINA:
Se um membro da “igreja” se afastar dela,
não abra a sua porta para ele entrar. Ele saiu da presença do Pai e agora está
nas trevas. Ele está condenado e será lançado no lago de fogo.
M E N T I R A!
FILHOS DE BALAÃO
Pessoas Perigosas que Fazem Comércio da Palavra de Deus
Exemplos de grandes erros registrados no Antigo Testamento
servem para nos instruir hoje. Falando de tais exemplos, o apóstolo Paulo
escreveu: “Ora, estas coisas se tornaram
exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles
cobiçaram... Estas coisas lhe sobrevieram como exemplos e foram escritas para
advertência nossa”. Este comentário inclui os erros dos
israelitas no deserto, depois de saírem do Egito e antes de entrarem em Canaã,
a terra prometida por Deus aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Uma
pessoa influente em um dos maiores erros do povo de Israel foi um profeta
chamado Balaão. Vamos considerar a conduta deste profeta, e aprender lições que
servem ainda “para
advertência nossa”. Como veremos, ainda há muitos “filhos de
Balaão”, pessoas que imitam o exemplo deste homem, fazendo comércio da palavra
de Deus e conduzindo outras pessoas à morte.
A HISTÓRIA DE BALAÃO
Quase quarenta anos depois de sair do Egito, o povo de Israel
estava chegando à terra de Canaã. Pelo poder de Deus, venceram os inimigos que
impediram sua jornada, mesmo os povos numerosos e os reis gigantes que ocupavam
as terras próximas a Canaã. Balaque, rei dos moabitas, viu os israelitas
chegando perto do território dele e ficou desesperado. Ele mandou mensageiros
para tentar contratar o profeta Balaão para amaldiçoar os israelitas.
Inicialmente, Balaão respeitou a palavra de Deus e recusou ir. Depois, quando
outros mensageiros de Balaque fizeram uma proposta mais lucrativa, o profeta
novamente procurou a permissão de Deus. O Senhor deixou o profeta rebelde ir,
mas explicitamente disse que teria que fazer e falar somente o que veio de
Deus. No caminho, o Anjo do Senhor mostrou a ira de Deus contra este homem, mas
ainda deixou o profeta chegar ao rei dos moabitas.
Quando Balaão chegou, ele explicou para o rei Balaque que
ele ia falar somente a palavra de Deus. Da mesma forma que ele tinha insistido
com Deus para conseguir a resposta que ele queria, ele estava agora preparado a
insistir e tentar conseguir a resposta que Balaque queria. A motivação foi
simples: o rei lhe ofereceu riqueza e honra. Balaão pretendia buscar uma
resposta de Deus para agradar o rei e ganhar dinheiro.
Balaão se esforçou para entregar as bênçãos que o rei
desejava. Ele pregou a mesma doutrina que muitos
pregam hoje: “Se fizer um sacrifício para Deus, ele ouvirá a sua oração e
certamente dará o que você pede”.
Conforme esta noção, Balaão ensinou Balaque sobre a
necessidade de sacrifícios. O rei foi obediente e fez sete altares e sacrificou
sete novilhos e sete carneiros. Balaão subiu um morro e pediu a Deus a resposta
que o rei queria. Deus respondeu, mas suas palavras foram totalmente contrárias
ao desejo do rei.
Mas estes homens não desistiram. Foram para outro lugar e o
rei fez mais sete altares e ofereceu mais catorze animais. Mais uma vez, Balaão
procurou uma resposta favorável de Deus. Nisso,
ele fez a mesma coisa que alguns fazem hoje. Buscam uma resposta e quando
interpretam uma palavra negativa, tentam outra vez esperando uma resposta
diferente de Deus. Para Balaão, não deu o resultado que ele queria.
Nesta segunda tentativa, como na primeira, a resposta foi negativa.
Ainda persistiram. Foram para outro lugar e o profeta falou
para o rei fazer outros altares. Fez mais sete altares e sacrificou mais sete
novilhos e sete carneiros. Quando Balaão procurou uma resposta de Deus, veio
novamente uma palavra negativa, contra a vontade do rei.
Balaque demitiu o profeta, dizendo para ele que Deus tinha o
privado de ganhar as riquezas e honras que ele queria.
Esta história, porém, ainda não terminou. Alguns capítulos
depois descobrimos que Balaão deu mais um conselho para o rei que até ajudou a
enfraquecer os israelitas que ele tanto temia.
Os moabitas e midianitas fizeram uma festa que juntava
práticas pagãs e a imoralidade, e convidaram os israelitas a participarem. Foi
Balaão que deu esta ideia de colocar uma pedra de tropeço diante do povo. O que
Balaão não conseguiu com palavras ele conseguiu, pelo menos parcialmente, pela
tentação carnal. 24.000 israelitas morreram por causa do pecado de participar
desta festa pagã. O povo foi enfraquecido pela influência deste profeta
ambicioso.
No final das contas, Balaão sofreu o castigo justo pelo seu
erro. Ele foi morto na batalha de Israel contra os midianitas, Balaão foi morto.
Resumindo, apesar de todos os esforços de adquirir o que
queriam, mesmo com toda a despesa de construir 21 altares e sacrificar 42
animais, Balaque e Balaão não conseguiram as “bênçãos” que desejavam. O motivo:
Deus não quis dar o que eles queriam.
LIÇÕES IMPORTANTES PARA NÓS
Aprendemos muitas coisas valiosas da história de Balaão.
Considere algumas aplicações práticas:
NÃO MANIPULAMOS A VONTADE DE DEUS COM SACRIFÍCIOS.
Ouvimos este tema nas mensagens de muitos pregadores da teologia da
prosperidade: se for fiel nos dízimos e ofertas, alcançará a prosperidade. Usam
trechos como Malaquias 3, ignorando seu contexto como parte do Antigo
Testamento, para pressionar as pessoas a fazer sacrifícios por motivos
egoístas. Quantas pessoas já venderam casas, carros e outros bens acreditando
que iam alcançar prosperidade maior? Toda a riqueza do rei Balaque não foi
suficiente para manipular a vontade de Deus!
NENHUM HOMEM PODE GARANTIR RESULTADOS para as
pessoas que buscam bênçãos de Deus. Já ouvi pregadores garantindo que as
pessoas iam conseguir emprego, alcançar metas financeiras, restaurar casamentos,
etc. Devemos orar sobre as nossas provações e necessidades, mas ninguém tem
direito de garantir respostas favoráveis. Nem Balaão ousou garantir resultados!
A GANÂNCIA NOS PÚLPITOS HOJE É UM PROBLEMA GRANDE E
GRAVE. Pregadores ambiciosos incentivam a avareza porque eles mesmos
querem alcançar a prosperidade. A Bíblia ensina que o servo merece seu sustento,
mas este princípio não justifica as exigências, os exageros e a ganância de
muitos pregadores hoje. Aqueles que pregam também precisam praticar o que Deus
ensinou a todos: “Tendo sustento e com que
nos vestir estejamos contentes”. Há uma triste ironia em
observar pregadores condenando a “idolatria”
de outras religiões enquanto incentivam a
idolatria da avareza. Pedro comparou pregadores deste tipo com Balaão:
“abandonando o reto caminho, se extraviaram,
seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça”.
DEVEMOS ORAR CONFORME A VONTADE DE DEUS. Não
devemos distorcer uma passagem para contradizer outra. A mesma Bíblia que fala
de orações de fé e das respostas de Deus também fala das condições e limites
destas promessas. Não devemos ler somente sem observar que no contexto ele
limita esta promessa. Na bíblia, temos duas condições para receber respostas às
orações: obediência e aceitação da vontade de Deus nos pedidos.
Às vezes, Deus ouve a oração de uma pessoa fiel e ainda diz “não”.
Ele fez isso como Paulo e certamente pode recusar as nossas petições.
PRECISAMOS TER CUIDADO COM AS OUTRAS TÁTICAS DO
INIMIGO. Quando Balaão não derrubou o povo com palavras, ele usou
tentações da carne. Quantas pessoas hoje resistem bem os ataques de falsas
doutrinas mas caem nos pecados de imoralidade sexual, mentiras, etc.? O nosso
adversário é esperto e usa várias artimanhas para nos enredar no pecado.
Sejamos vigilantes!
DEVEMOS EVITAR A PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES PAGÃS E
IMORAIS. Os moabitas e midianitas seduziram o povo de Israel com uma
festa onde os servos de Deus participaram das práticas pagãs de outras
culturas. A festa juntou elementos de idolatria e imoralidade. Devido ao
sincretismo praticado durante muitos séculos por supostos cristãos, muitos
elementos de religiões pagãs têm encontrado lugar nas atividades religiosas do
nosso dia. O Carnaval e outras festas misturam aspectos do cristianismo com o
paganismo e a sensualidade. E muitas igrejas “evangélicas” seguem a mesma tendência quando se adaptam à cultura
e introduzem práticas que tem suas raízes em religiões erradas ou na
imoralidade da sociedade. Paulo disse: “Que
ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos”? Porque nós somos santuário
do Deus vivente, como ele próprio disse: ‘Habitarei e andarei entre eles serei
o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles
separai-vos, diz o Senhor não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei’. João disse com carinho no final da sua primeira
carta: “FILHINHOS, GUARDAI-VOS DOS ÍDOLOS”.
Hoje,
há muitos filhos de Balaão. Não seja um deles!
Leia as Escrituras.