O EVANGELISTA JOÃO NARRA COMO O MESTRE ANUNCIA A BOA NOVA.
Como ser humano, o
Salvador sofria fadiga e sede. Ele parou junto a um poço para
descansar enquanto seus discípulos foram buscar comida. Quando uma mulher veio
tirar água do poço, o Salvador ofereceu-lhe a oportunidade de servir ao mais
nobre homem da história do mundo. Nunca
passou alguém igual através da cidade dela. Ele simplesmente pediu-lhe um pouco de água.
A mulher ficou surpresa com seu pedido. Ali estava um homem judeu que lhe dirigia a palavra. Ela, uma humilde mulher samaritana que teria sido ignorada ou desprezada, por ocasião da
divisão das tribos de Jacó, ou
seja, Israel, pelo então rei Salomão ao
colocar a Arca no interior do seu Templo.
OBSERVE: Jacó, também chamado de Israel. Ele teve
doze filhos: JUDÁ, BENJAMIM, Rúben, Simeão, Levi, Dã,
Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom e José.
Esses formaram doze tribos e deles
descendem OS JUDEUS.
No século XI a.C. o reino foi dividido em dois: Ao sul
chamado de reino de Judá, formado pelas
tribos de JUDÁ e BENJAMIM,
e ao norte chamado de reino de Israel,
formado pelas outras
dez tribos restantes. “Dez Tribos Perdidas de
Israel”.
A mulher de Samaria
imediatamente reconheceu que havia algo diferente com esse viajante.
A conversa que se
seguiu é um exemplo marcante de como o Salvador ensinava as pessoas a usarem
uma linguagem diferente. Quando ele pediu água, a mulher naturalmente pensou em água do poço. Ela tinha ido ao poço por causa de necessidade física, e não
espiritual. O Salvador
imediatamente direcionou a conversa para assuntos espirituais. Se ela entendesse a dádiva do Criador e
soubesse com quem estava falando, estaria ela buscando água espiritual, e não material.
Mas essa mulher não estava usando a mesma linguagem. Ela não estava pensando em coisas espirituais.
O Salvador não alterou o rumo. Podemos ser
tentados a encontrar pessoas carnais em seu próprio terreno, mas o
Salvador manteve o rumo. Ele não chegaria ao coração dessa mulher através de seu estômago. Ele continuou
usando a
linguagem da vida espiritual:
"Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que
beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que
eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna".
A mulher não entendeu. "Senhor, dá-me dessa água
para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la".
O único tipo de sede que ela conhecia era a física, e a
única água que ela tinha bebido na vida inteira vinha de um poço. O Salvador ainda tinha que criar nela um
desejo de reconhecer a sua mais profunda necessidade espiritual. O Salvador
encontrou sua aproximação recorrendo à vida pessoal dela:
"Vai, chama teu
marido e vem cá".
Ela respondeu honestamente: "Não tenho marido". Até
esse ponto, a conversa era interessante, mas
a mulher ainda estava usando a linguagem deste mundo. As próximas palavras
que saíram da boca do Salvador foram o momento decisivo da conversa, e na vida
dela:
"Bem
disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu
marido; isto disseste com verdade".
LEMBRANDO: Os 5 (cinco) maridos da mulher eram deuses
estranhos que ela adorava. Eram eles:
SUCOTE-BENOTE
CUTA
AVA
HAMATE
SEFARVAIM
O SEXTO marido
era a situação atual em que se encontrava Samaria. Não tinha uma aliança com o Criador. O Salvador agora era o
marido e oferecia a mulher uma
aliança eterna.
Essa mulher representa muitos
seres humanos vivos hoje em dia. Na pressa de cuidar das
necessidades básicas de sua existência
física, eles passam pelo Salvador sem mesmo entender sua língua. Poucos sabem que ele é o Salvador que conhece as minúcias íntimas de
suas vidas, e que oferece A ÁGUA DA VIDA
ETERNA. Se você for um desses que estão preocupados com as coisas materiais e a rotina da vida diária pare para ouvir
cuidadosamente o homem que conversou com uma mulher samaritana naquele dia, em
Sicar.
A Samaritana tinha passado de um falso deus a outro falso deus e
estava agora numa relação insatisfatória com um homem que nem era seu sexto, único e último
marido. Ela trabalhava, comia e bebia. Ela teria, provavelmente,
feita essa mesma monótona viagem ao poço muitas vezes, antes. No momento, ela
estava falando com
alguém que lhe oferecia VIDA ETERNA, e cujas palavras provavam que
ele era capaz de cumprir a promessa. Esse foi um momento crucial em
sua vida.
O homem judeu e a mulher samaritana estavam agora
falando a mesma língua. Não havia mais preocupação com a água de um
velho poço. Agora ela estava tão intrigada com a conversa espiritual com o Salvador que esqueceria o seu próprio
cântaro, quando ela se fosse. Porém ela ainda não estava pronta para sair. O Salvador tinha despertado-a, espiritualmente.
O que você faria na situação dela? Começaria imediatamente a
fazer as mais importantes perguntas de todas? Buscaria saber como agradar ao Senhor? Ela o fez. Sua pergunta foi
diretamente ao ponto: ONDE ELA DEVERIA ADORAR PARA SER
ACEITA PELO CRIADOR?
Há bastante história por trás da pergunta dela. Durante séculos os samaritanos tinham
defendido suas práticas de adoração em outros lugares, tais como o Monte
Gerizim ao qual ela referiu-se em sua pergunta (neste monte). Os judeus,
apesar de seus erros em outras coisas, continuavam a defender corretamente a
importância de Jerusalém como a cidade designada pelo Criador
como o local de adoração.
A resposta do Salvador desafiou
a Samaritana a desviar seus olhos do monte e olhar para dentro de sua alma.
O Pai, como um ser espiritual, está buscando pessoas que o
adorarão em espírito e verdade.
A mais surpreendente revelação ainda estava por vir. Quando
a mulher ponderou a resposta anterior do Salvador, ela comentou sobre uma
verdade em que ela acreditava:
"Respondeu a mulher: Sei
que deve vir o Messias quando, pois, vier, ele nos fará conhecer todas as
coisas”.
Na resposta do Criador ela ouve a espantosa razão para seu
comentário enigmático anterior. Agora, com seus interesses espirituais
despertados, ela estava pronta para ouvir o resto da história sobre esse forasteiro judeu:
"Eu o sou, eu que falo contigo".
Poderia ser? Poderia
ela, uma desprezada samaritana, estar falando face a face com o Ungido do
Criador?
O Salvador NÃO teve que mandar essa mulher espalhar a
notícia. Ele não ofereceu aulas de "técnicas de evangelismo". Ele tinha plantado nela uma semente de
verdade eterna, de modo que ela era naturalmente compelida a partilhar as boas novas. O testemunho dessa mulher
não foi suficiente para convencer os moradores da cidade, mas quando ouviram as
palavras do Filho do Homem, perceberam que tinham encontrado o SALVADOR DO MUNDO.
Leia as Escrituras.