O QUE É SER DISCÍPULO
DO MESSIAS?
Ao invés de olhar
para outros e criticar, hipócritas, vamos
examinar as nossas próprias atitudes e ações para ver se nós realmente somos
discípulos do nosso verdadeiro Salvador.
Alguns dos relatos do evangelho incluem as palavras
desafiadoras do Messias:
"Se alguém quer vir após mim, a si
mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me".
Encontramos aqui três elementos essenciais do verdadeiro
discipulado, que apresentam desafios enormes:
NEGAR A SI MESMO.
Enquanto o mundo e muitas religiões começam com o egoísmo
do homem, o Salvador exige a autonegação. As “igrejas” dos
homens convidam as pessoas a realizar seus sonhos de riqueza, felicidade
sentimental e posições de honra, mas a mensagem do Eterno é outra. Ele
pede que a pessoa negue os seus próprios
desejos para fazer a vontade dele.
TOMAR A SUA
PRÓPRIA CRUZ.
O nosso Salvador veio para oferecer a vida, mas o caminho
para a vida passa pelo vale da morte.
Não somente a morte do Messias, mas a nossa também. Paulo disse:
"Estou crucificado com Cristo; logo, já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim".
SEGUIR O SALVADOR.
Várias religiões e filosofias exigem sacrifício e autonegação.
Algumas ensinam "preceitos
e doutrinas dos homens" e "rigor
ascético" que proíbem coisas que o nosso Salvador não proíbe. O
benefício não vem de auto negação em si, ou simplesmente de tomar qualquer cruz.
O Messias é
o único caminho que leva à vida eterna.
A relação de discípulo e mestre tem sido explorada por
homens em muitos movimentos religiosos. O raciocínio é relativamente simples.
Tirando alguns versículos do contexto e torcendo o sentido de outros, é fácil
ensinar aos adeptos a necessidade de submissão quase absoluta aos homens.
Considere esta
abordagem:
"Nenhum aluno é mais importante do que
o seu professor, e nenhum empregado é mais importante do que o seu patrão.
Portanto, o aluno deve ficar satisfeito em ser como o seu professor, e o
empregado, em ser como o seu patrão. Se o chefe da família é chamado de
Belzebu, então as pessoas dessa família serão xingadas de nomes piores ainda."
Alguns homens são chamados "mestres". João teve discípulos. Devemos obedecer aos nossos
guias (ou líderes) e ser submissos a eles. Utilizando tais
versículos, torna-se fácil obrigar os mais novos na fé a seguir quase que
cegamente a liderança de homens supostamente espirituais. Vários movimentos religiosos se baseiam em
sistemas de discipulado nos quais cada "discípulo" é guiado por um "mestre" ou "discipulador", numa pirâmide
ou hierarquia de AUTORIDADE HUMANA.
Há vários problemas com este tipo de discipulado: Investe autoridade excessiva em homens.
A palavra traduzida "mestre"
quer dizer, na maioria das vezes, "professor".
A ênfase está no ensinamento da palavra, não na autoridade de uma pessoa sobre
outras. Quando se trata de uma relação que envolve autoridade, as
palavras do Messias são claras e estabelecem a regra que precisamos aplicar
hoje:
"Vós, porém, não sereis chamados
mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos".
Esquece as qualificações dadas pelo Criador para os líderes. Num sentido limitado, o Criador deu responsabilidade de liderança a alguns homens.
No primeiro século, os apóstolos guiavam as comunidades por
instrução inspirada e pelo exemplo de imitação do Messias. Eles
iniciaram a prática de escolher pessoas mais velhas e com grande
conhecimento da Palavra para anunciar as Boas Novas. Poucos homens demonstram as qualificações
exigidas pelo Criador para exercer a
função de “líder”. Estes homens têm a responsabilidade de cuidar e
presidir ou liderar as pessoas. São os guias que velam pelas almas das ovelhas. Mesmo nas comunidades que têm anciões
qualificados, estes são limitados na maneira de guiar ou liderar o seu povo. Não têm autoridade absoluta, arbitrária ou poder
isolado. Eles
não ditam regras; pelo contrário,
mostram um exemplo de como seguir as
regras do Supremo Pastor. Confunde o
papel de evangelistas. Evangelistas são homens que anunciam a boa nova. A
autoridade deles é limitada ao trabalho de ensinar, corrigir e exortar pela
palavra. As cartas de Paulo aos evangelistas
Timóteo e Tito apresentam um modelo de homens que vivem vidas exemplares e
pregam fielmente a palavra pura do verdadeiro e único Mestre. Nada sugere uma
posição de superioridade sobre os irmãos.
Homens que querem "melhorar" o plano do Altíssimo e dominar sobre outros
procurarão apoio nas Escrituras, pervertendo o sentido da palavra do Criador.
Todos os servos do Messias devem lembrar
que temos um só Mestre, e que todos nós somos irmãos.
Ser discípulo do Messias exige um compromisso sério com ele.
O Messias destaca aspectos deste compromisso: Batismo para entrar em comunhão
com o Criador. Obediência absoluta aos
ensinamentos do Messias. Muitas pessoas se dizem seguidores do Messias sem dar
os primeiros passos de obediência à palavra dele. Para sermos discípulos
verdadeiros, temos de apresentar os nossos corpos como sacrifícios a ele, sendo
transformados e renovados pela palavra do Criador.
Uma vez que reconhecemos o Messias como o nosso Mestre, devemos aprender das palavras e do exemplo dele.
Um dos propósitos da vinda dele a terra está escrito assim:
Mas, se vocês sofrem por terem feito o bem
e suportam esse sofrimento com paciência, Deus os abençoará por causa disso, pois
foi para isso que ele os chamou.
O próprio Cristo sofreu por vocês e deixou
o exemplo, para que sigam os seus passos. Ele não cometeu nenhum pecado, e
nunca disse uma só mentira. Quando foi insultado, não respondeu com insultos.
"...O Messias sofreu em
vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não
cometeu pecado...."
Como discípulos do perfeito Mestre, devemos nos esforçar
para desenvolver o caráter dele, tornando-nos "coparticipantes da natureza
divina". Assim procuraremos pensar como o nosso Salvador pensa, e
agir como ele agiria.
O entendimento da relação do discípulo com o Mestre
naturalmente criará em nós um respeito profundo pela vontade do Altíssimo.
Enquanto outros defendem muitas práticas erradas, dizendo que o Criador não as
proibiu, o discípulo fiel examina com mais cuidado e percebe que a Escritura não
é um manuscrito de proibição e, sim, de permissão. Ao invés de tentar
justificar a sua própria vontade, o seguidor do Messias se limita às coisas que
o Criador permite, as coisas autorizadas nas Escrituras. Ele percebe, pelo
estudo da palavra, que não devemos ultrapassar o que o Criador revelou, pois
tal abordagem aumenta a arrogância ao invés de demonstrar a humildade de servos
do Criador. Pessoas egoístas seguirão a sua própria sabedoria e dirão que têm
liberdade para tratar a Escritura como uma mensagem "dinâmica" que se adapta à circunstância atual. Mas as pessoas espirituais mostrarão
respeito maior para com o Altíssimo, sabendo que ele é perfeito e perfeitamente
capaz de revelar sua vontade aos homens "uma vez para sempre" para os
habilitar "para
toda boa obra". O servo fiel entende que o Mestre recebeu
autoridade para mudar a lei, fazendo o que não fora autorizado anteriormente. Mas o
discípulo humilde jamais ousaria mudar a lei ou ultrapassar o ensinamento do
nosso Salvador.
O nosso Salvador quer a
unidade dos seus discípulos. Esta cooperação não vem por estruturas e
regras humanas, e sim por amor ao
Pai. Homens podem forçar uma conformidade superficial por regras e sistemas de
organização e controle. O Criador trabalha de outra forma. Ele confia na sua
própria palavra para criar a unidade que ele quer. Se cada discípulo continua
se aproximando do Criador, naturalmente estará se unindo cada vez mais aos
outros discípulos verdadeiros. Os remidos se reunindo em congregações edificam e
encorajam um ao outro. Divisão
vem quando pessoas seguem diversas revelações, ou seguem líderes humanos e não
o próprio Criador. O Messias morreu por nós. Somos batizados nele. Ele é o nosso
Mestre e o foco das nossas vidas!
O discípulo do Messias produz fruto. Pelo fato que aceita a
palavra de bom e reto coração, e desenvolve a sua fé com perseverança, ele se torna
frutífero. O discípulo produz fruto pelas boas obras que faz. Produzimos fruto
quando obedecemos ao nosso Criador, progredindo com perseverança.
Reconhecendo o amor do Messias para conosco, livremo-nos dos sistemas de domínio inventados por homens
que querem liderar seus próprios discípulos.
Porém, esta liberdade não nos deixa sem
responsabilidade de servir. O verdadeiro discípulo do Messias fará sempre a
vontade do Bom Mestre!
Leia as Escrituras.