O PERIGO DE ABANDONAR
O VERDADEIRO EVANGELHO.
A carta do apóstolo Paulo aos gálatas mostra a sua
preocupação com as tendências doutrinárias naquela região e seu desejo de
resgatar os servos do Altíssimos que
estavam sujeitos ao engano de falsos mestres.
ENTENDA:
Judaizantes são pessoas que, não sendo geneticamente israelitas,
nem tendo passado por uma conversão informal ao judaísmo, seguem partes
da religião e tradição judaicas sendo consideradas seitas pelo judaísmo
autêntico.
A carta aos Gálatas foi uma das primeiras escritas pelo
apóstolo Paulo, escrita aproximadamente cinquenta anos após a morte do nosso
Salvador. O assunto principal abordado nesta carta é o problema dos
judaizantes, a questão doutrinária que mais atrapalhou o povo do Criador nas
primeiras décadas do trabalho dos apóstolos. Os judaizantes, também chamado “os da
circuncisão”, acreditavam no Messias, mas distorciam a mensagem das Boas Novas.
Ensinavam a necessidade de guardar alguns aspectos da Lei de
Moisés, mesmo após o sacrifício do
Messias no madeiro, para receber a salvação. Este ensinamento contrariava a ênfase do evangelho na salvação pela
graça, exigindo obras de mérito como parte da base da salvação.
Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a
justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.
Separados estais de Cristo, vós os que vos
justificais pela lei; da graça tendes caído.
O apóstolo Paulo foi muito forte na sua resposta aos
judaizantes e nos seus avisos às pessoas por eles influenciadas. Na maioria das suas cartas, o apóstolo
Paulo fez introduções longas que incluíam comentários e orações sobre os
destinatários, mas, nesta carta, ele foi diretamente ao assunto:
Maravilho-me de que tão depressa passásseis
daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é
outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de
Cristo.
Sua refutação deste evangelho pervertido continua. A última
parte da carta oferece uma série de orientações práticas para guiar os servos
do Altíssimo no seu serviço.
O que está escrito no início da carta aos Gálatas defendem a
fonte da mensagem pregada por Paulo. Ele não queria deixar margem para alguém
desacreditar o evangelho sugerindo que ele aprendeu dos outros apóstolos e
modificou a mensagem. Por isso, ele
contou a história da sua conversão e dos primeiros anos de sua vida como servo
do Criador, enfatizando o fato de ter recebido sua mensagem diretamente Dele:
“Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o
evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem
o aprendi de homem algum, mas mediante revelação do próprio Messias”.
O apóstolo Paulo apresenta argumentos fortes para mostrar o
contraste entre a Lei de Moisés e
a Graça.
Paulo defende a doutrina de que a Lei de Moisés nunca salvou ninguém, embora
tenha servido uma função importante de mostrar o problema do pecado. A salvação,
porém, vem pela fé no Messias. Não é por obras da Lei de Moisés, e sim pela fé, que somos iniciados para entrar em
comunhão com o Salvador e herdar a promessa da salvação:
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos
revestistes de Cristo.
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não
há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão,
e herdeiros conforme a promessa.
Qualquer tentativa de se justificar pela Lei de Moisés significa rejeição da graça do
Messias. Pela fé, o servo do Senhor se torna livre da condenação da Lei de Moisés, e também se livra das obras da carne para andar
conforme a palavra revelada pelo Espírito Santo na nova aliança. Este ponto é
bem explicado por meio de duas listas bem distintas: as obras da carne em
contraste com o fruto do Espírito.
Porque
as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério,
fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro,
como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de
Deus.
Mas o
fruto do Espírito é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra
estas coisas não há lei.
E os que são de
Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em
Espírito, andemos também em Espírito.
O apóstolo Paulo fala da maneira de ajudar um ao outro na
batalha contra o pecado e de como encorajar e apoiar os irmãos na fé.
Esta carta inclui um dos trechos mais desafiantes do Novo
Testamento, frisando em poucas palavras a importância da nossa transformação total
de matar o velho homem do pecado e deixar Jesus tomar controle total das nossas
vidas:
“(Estou crucificado com Cristo; logo, já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na
carne, vive pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por
mim”).
Leia as Escrituras.