MINHA
FILHA PIOROU DEPOIS QUE SAI DA IGREJA. O QUE FAZER?
Você disse
que depois que se afastou da denominação onde congregava sua filha adolescente
mudou para pior, e agora está na dúvida se teria sido melhor não "sair da igreja".
Infelizmente não existe uma receita pronta de como devemos criar nossos filhos,
principalmente quando chegam à adolescência e agem por vontade própria.
Frequentar uma denominação ou deixar "a igreja" não tem nada a ver
com fidelidade ao Senhor, a menos que tenha deixado sua comunhão pessoal com o
Senhor.
As
denominações estão cheias de pessoas que seguem lá por causa dos programas de
entretenimentos: shows, festas,
pregadores carismáticos e um sem número de cargos como líder de louvor,
diretora de sociedade de senhoras etc. Nem sempre a fidelidade é para com o
Senhor, mas sim com as atividades sociais da igreja.
Achar que
para termos uma comunhão pessoal com o Senhor, nós e nossa família, dependemos
de estar em uma denominação com todos os seus atrativos, é não conhecer o
cuidado dele para conosco. Eu vivi alguns anos longe das reuniões com os irmãos
e nem por isso o Senhor me deixou. É triste ficar longe da comunhão com os
irmãos? Com certeza, mas se for a comunhão com os irmãos sua meta então ainda
não entendeu quem deve ser o centro de nossa vida: o Senhor. Veja esta passagem
do Evangelho de Lucas:
"Ora, anualmente
iam seus pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa. Quando ele atingiu os doze
anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Terminados os dias da
festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus
pais o soubessem. Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem,
foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e os
conhecidos; e, não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura. Três
dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e
interrogando-os. E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência
e das suas respostas. Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua
mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos,
estamos à tua procura. Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis
que me cumpria estar na casa de meu Pai? Não compreenderam, porém, as palavras
que lhes dissera." (Lc 2:41-50).
José e Maria
caíram nesse engano de achar que andando com seus irmãos estariam andando com
Jesus. A comunhão e companhia de irmãos, parentes e amigos era tão gostosa que
nem perceberam que tinham perdido o menino. Caminharam por um dia com seus
parentes achando que o menino Jesus estava no meio deles e não estava.
Precisaram voltar a Jerusalém para encontrá-lo no Templo.
Então não
nos irmãos ou em alguma instituição religiosa que você encontrará o Senhor, e
também não serão eles que farão você ou sua filha andar em comunhão com o
Senhor. É o próprio Jesus que deve ser nossa ocupação, quer estejamos perto,
quer longe de irmãos. A questão é: sua filha é realmente convertida ou apenas
cresceu em um ambiente cristão?
Não queira
lançar sobre os irmãos ou sobre alguma instituição religiosa ou
"igreja" a responsabilidade de fazer você e seus filhos caminharem
com o Senhor, pois não é por aí. Essa é uma responsabilidade individual, e
ainda que você faça tudo direitinho, só poderá depender do Senhor para que ele
toque o coração de sua filha, porque todos sabemos que Deus não tem netos.
Sua filha
precisará, de si mesma, crer em Jesus e ter um novo nascimento para se tornar
uma filha de Deus e ter sua própria comunhão com o Pai. Isso infelizmente não
passamos em nosso DNA, mas nossa comunhão com o Pai pode ajudar em muito a dar
um exemplo de vida para nossos filhos.
Mario
Persona