A QUEM ORDENOU JESUS PREGAR O
EVANGELHO?
Considerando que Cristo ordenou a
igreja de forma imperativa pelo “IDE”
(Marcos 16.15), então perguntamos: A quem designou Jesus a pregar o Evangelho?
Na sua concepção a ordenança é somente para a liderança das instituições
religiosas, aos missionários especificamente treinados ou
para todos que receberam a oferta da salvação? Vamos meditar na Verdade
legada no Evangelho do nosso Salvador.
A PARÁBOLA DOS TALENTOS
Em Mateus
25.14-30, a Palavra descreve a Parábola dos Talentos, sobre a qual, disse
Jesus:
Partindo um
homem para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.
A um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua
capacidade, e ausentou-se logo para longe.
E, tendo ele
partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros
cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, também granjeou outros
dois. Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu
senhor.
E, muito
tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. E,
aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos.
Como também
o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos;
eis que com eles ganhei outros dois talentos.
Mas,
chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és
um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e,
atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Respondendo,
porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente
servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;
devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse,
receberia o que é meu com os juros.
Tirai-lhe,
pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver
será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á
tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas
exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
TALENTO:
Peça de ouro ou prata usada como dinheiro (II Reis 18.14) que no tempo do
Reinado de Cristo aqui, era equivalente a seis mil Dracmas (Mateus 25.15).
Como tivemos
a oportunidade de conhecer, durante o tempo do Senhor Jesus na terra, o talento
era uma espécie de moeda corrente em sua região, mas, o talento aqui por Ele
citado, não era uma unidade monetária do sistema comercial.
Entretanto,
neste texto, o Senhor Jesus demonstra numa narrativa alegórica, comparando
valores de ordem material, em alusão ao que está no nível superior falando de
coisas espirituais, comparando a obediência e respeito de um servo fiel ao seu
senhor, e a grandeza da obra salvadora da vida eterna pela
pregação do seu Evangelho.
O Senhor usa
a figura da moeda, mas num domínio espiritual, O qual exaltou aos servos
multiplicadores da dádiva, dizendo: Fostes fiel no
pouco, sobre o muito te colocarei. Entre no gozo do teu senhor.
E o muito,
prometido aos servos fieis, não era bens materiais, mas era muito mais que
isso, porque se referia ao gozo da vida eterna,
pois na metáfora de Cristo, os talentos são almas
preciosas resgatadas pela aspersão do seu próprio sangue, narrado em parábola
para os que hoje recebem a oferta da salvação, exemplificando que
devemos proceder como os servos bons e fieis, isto é, trabalhar para anunciar o
Reino de Deus e as virtudes da vida eterna, para honrar o chamado do Mestre e
multiplicar a oferta da vida eterna.
Observe a recomendação do Senhor
Jesus, em João 15.16: Não me escolhestes vós a mim, mas eu escolhi
a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a
fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
Amados, por
ocasião do chamado a tomar posse da oferta da salvação através do
arrependimento e conversão pela aspersão do sangue de Cristo, a dádiva não é
para se usar individualmente, ou guardar a promessa em sigilo, mas precisamos
compartilhar a graça e multiplicar almas para o Reino do Senhor Jesus,
anunciando a salvação para os que não conhecem o Evangelho, para que também
sejam libertos dos pecados e venham a receber o dom da vida eterna.
Porque o
compromisso para fazer a obra de Deus e anunciar a salvação aos que andam em
trevas, não é exclusividade apenas do
líder da comunidade evangélica ou de um grupo de missionários treinados
especialmente para fazer a evangelização, mas todos que recebem o talento (a
graça da salvação) devem, isto é, tem o dever e o compromisso de anunciar o
Evangelho para fazer a obra de Cristo.
Mas aquele
servo que recebe as virtudes do Espírito Santo para salvação, e toma para si o
ministério de “esquentar banco”, ainda que tenha participação ativa na sua
comunidade evangélica, mas, se não evangelizar e não ganhar almas para Cristo,
esse servo é inútil e estará enterrando o talento que lhe fora confiado para
multiplicá-lo.
Pois a
palavra do Senhor na primeira carta aos Coríntios 12.31 descreve: Procurai
com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.
Mas se não
anunciar ao Evangelho, certamente, no grande e terrível dia do Senhor, vai
ouvir do próprio Senhor Jesus, as mesmas palavras da parábola, a qual diz:
Mau e negligente servo; sabes que
ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias, então, ter
multiplicado almas para o meu Reino.
Tirai-lhe, então o dom da graça da
salvação e lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá
pranto e ranger de dentes.
A PARÁBOLA DO SEMEADOR
Em sustentação a Parábola dos
Talentos, a Parábola do Semeador (Evangelho de Marcos 4.1-20), conta que Jesus
ensinava junto ao mar para uma grande multidão; fazendo menção do pregador de
boas novas ao semeador, o qual disse:
E o semeador saiu a semear, e uma
parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. E
outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu, mas logo
morreu porque não tinha terra profunda, e outra caiu entre espinhos, e os espinhos
a sufocaram e não deu fruto.
Mas outra caiu em boa terra e deu
fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro,
cem.
E, no versículo 14 deste capítulo
Jesus instrui que, o que semeia, semeia
a palavra; e os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a Palavra e dão fruto, um, a trinta, outro, a
sessenta, e outro, a cem, por um, multiplicando assim o talento recebido.
PREGAR O EVANGELHO É COMPROMISSO DE
TODOS
Na carta aos Romanos 10.14-17, a
Palavra faz um verdadeiro apelo para que todos anunciem o Evangelho, meditemos:
Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como, pois, invocarão
aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão
se não há quem pregue?
E como pregarão se não forem
enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos
que anunciam coisas boas! De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir a palavra
de Deus.
Irmãos, o compromisso para anunciar
o Evangelho é muito sério, medite nas palavras do nosso irmão Paulo, descritas
em I Coríntios 9.16,: Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai
de mim se não anunciar o Evangelho!
Semelhantemente, em Mateus 9.36-38,
vendo Jesus a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados
e errantes como ovelhas que não têm pastor. Então advertiu aos seus discípulos
dizendo: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros. Rogai, pois,
ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
E neste texto, apesar da
advertência ter origem no Antigo Testamento (Ezequiel 3.18-21), é uma profecia,
e se ajusta plenamente para nós, apreciem a ordenança do próprio Senhor Deus:
Quando eu disser ao ímpio:
Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca
do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua
maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.
Mas, se avisares o ímpio, e ele não
se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua
maldade, mas tu livraste a tua alma.
Semelhantemente, quando o justo se
desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele
morrerá; porque, não o avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que
praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei.
Mas, avisando tu o justo, para que
o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque foi avisado; e tu
livraste a tua alma.
Essa orientação do Senhor foi
ratificada no Novo Testamento e citada por Paulo no livro de Atos 20.26, 27,
dizendo: No dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos;
porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
E o capítulo 5 de Marcos, conta que
na província de Gadareno, havia um homem que era possuído por uma legião de
espíritos imundos, o qual morava em sepulcros e cadeia alguma podia lhe
segurar, mas vindo Jesus, expulsou os espíritos e esses tomaram uma manada de
porcos, que se precipitou no mar, morrendo todos.
E o homem ficou liberto, e pediu a
Jesus que deixasse ir com Ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe:
Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te
fez e como teve misericórdia de ti. E ele foi, e começou a anunciar em
Decápolis a benignidade de Jesus e todos se maravilhavam.
Assim também, a mulher samaritana
(João 4) deixou o seu cântaro, e foi à cidade, e anunciou Jesus aos homens. E
muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher.
E os chamados pelo Senhor Jesus,
Ele os capacitará a cada um com os dons espirituais para fazer a obra, ainda
que produza apenas trinta frutos, grande será o galardão no Reino de Deus. Pois
no livro de Lucas 24.47, Jesus ordenou que em seu nome, se pregasse o
arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
Jerusalém.
Outra peculiaridade
interessantíssima, vem na segunda carta aos Coríntios 10.15, 16, onde a Palavra
faz uma séria advertência, a qual não está sendo observada por muitos, e,
principalmente pelos pregadores, vejamos:
Não nos gloriando fora de medida
nos trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que, crescendo a vossa fé,
seremos engrandecidos, para anunciar o Evangelho nos lugares que estão além de
vós, e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que já estava
preparado.
A doutrina de Cristo revela que o
intercâmbio religioso entre os dirigentes das igrejas denominacionais, como de
costume, permutar a pregação ou trazer pregadores de outras localidades para
ministrar em campo de outrem, é uma cultura que contradita o Evangelho, pois a
ordenança de Cristo é para buscarmos as ovelhas perdidas (Lucas 15.4-7), ou
seja, anunciar o Evangelho aos que não conhecem a Palavra que cura, liberta e
salva, pela aspersão do sangue de Cristo.
Esses
testemunhos e recomendações do Senhor, vem para nos encorajar a assumirmos a
obra do ministério, para a qual fomos chamados. E, para anunciar o Evangelho
não há necessidade de ingressar em curso bíblico de discipulado, faculdade de
teologia, nada disso, aliás, não deve, porque você tem em suas mãos a maior
fonte de sabedoria e inspiração, a bíblia sagrada. É só buscar a unção no
Espírito Santo de Deus, meditar, e Ele vos ensinara todas as coisas (I João
2.27).
Porque foste
chamado por decreto do Altíssimo e o seu compromisso com a obra de Deus não
veio por acaso, talvez você não tenha dimensão da grandeza do seu ministério, e
certamente não é esquentar banco congregação alguma, dizendo amem a tudo que
ouve.
Mas, vai
para os teus e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve
misericórdia de ti.
QUANDO E A QUEM DEVEMOS EVANGELIZAR
Quando
devemos anunciar o Evangelho? Sempre que possível, em qualquer lugar, dia,
hora, e em qualquer situação. E quando saírem especificamente para evangelizar,
se possível saia em duas pessoas, ou seja, dois irmãos, ou marido e mulher.
Andar em dois não é uma regra, mas seguir os ensinamentos do Senhor Jesus, o
qual sempre enviou os seus, de dois em dois.
A quem
devemos anunciar o Evangelho? A todos que não conhecem a palavra de Deus,
independente de raça, sexo, cor, credo religioso, classe social ou poder
econômico, porque o Senhor Deus não faz acepção de pessoas. È aconselhável
também, se disponibilizar aos discipulados para ensiná-los nas suas residências,
agendando previamente horário e datas, e fazê-los acompanhar os ensinamentos na
bíblia.
E não tenham
receio de pregar a verdade (João 8.32), porque na palavra de Deus não há
censura, você pode pregar a bíblia toda e em todo lugar, o que precisamos é buscar
no Senhor a sabedoria para anunciar a sua verdade com exatidão, como também não
se deixar vencer por aqueles que possuem sabedoria material, evitando sempre
contenda com esses, a qual Deus abomina.
É
indispensável estar preparado espiritualmente, porque aparecerão muitas
situações atípicas e o servo de Deus não poderá ser surpreendido, sem que lhes
dê uma resposta coerente. Muitos lhes pedirão aconselhamento, oração para
enfermos, farão perguntas sobre a Palavra, e o Apocalipse. Mas não se preocupem,
o Espírito de Deus falará em vossa boca.
Postado por
Edinêr
Estudo da
comunidade que faço parte com muito amor:
CRISTO É A
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