CARTAS AOS HEBREUS
Possivelmente foi o apóstolo Paulo quem escreveu a carta aos
hebreus da qual postamos a seguinte passagem, que fala do fim da Aliança do
Criador com Moisés e o início da Nova e Eterna Aliança firmada com o Senhor e
Salvador Jesus Cristo, o Messias.
Leiamos
linearmente esta passagem:
Ora, a suma do que temos dito é
que temos um sumo sacerdote tal, que
está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
Ministro do santuário, e do
verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor
fundou, e não o homem.
Porque todo o sumo sacerdote é
constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este
também tivesse alguma coisa que oferecer.
Ora, se ele estivesse na terra,
nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons
segundo a lei,
Os
quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente
foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo
conforme o modelo que no monte se te mostrou.
Mas agora alcançou ele
ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.
Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria
buscado lugar para a segunda.
Porque, repreendendo-os, lhes
diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa
de Judá estabelecerei uma nova aliança,
Não segundo a aliança que fiz
com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para tirá-los da terra do Egito;
Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o
Senhor.
Porque esta é a aliança que
depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas
leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes
serei por Deus, E eles me serão por povo;
E não ensinará cada um a seu
próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me
conhecerão, Desde o menor deles até ao maior.
Porque serei misericordioso para
com suas iniquidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
Dizendo
Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se
envelhece, perto está de acabar.
Ora, também a primeira tinha
ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre.
Porque um tabernáculo estava
preparado, o primeiro, em que havia o candelabro, e a mesa, e os pães da
proposição; ao que se chama o santuário.
Mas depois do segundo véu estava
o tabernáculo que se chama o santo dos santos,
Que tinha o incensário de ouro,
e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de
ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas
da aliança;
E sobre a arca os querubins da
glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos
agora particularmente.
Ora, estando estas coisas assim
preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo,
cumprindo os serviços;
Mas, no segundo, só o sumo
sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas
culpas do povo;
Dando nisto a entender o
Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto
se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
Que é uma alegoria para o tempo
presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não
podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;
Consistindo somente em comidas,
e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da
correção.
Mas,
vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
Nem
por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Porque, se o sangue dos touros e
bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica,
quanto à purificação da carne,
Quanto
mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para
servirdes ao Deus vivo?
E por isso é Mediador de um novo testamento,
para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo
do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte
do testador.
Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele
algum valor enquanto o testador vive?
Por isso também o primeiro não
foi consagrado sem sangue;
Porque, havendo Moisés anunciado
a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e
dos bodes, com água, lã purpúrea e hissope, e aspergiu tanto o mesmo livro como
todo o povo,
Dizendo: Este é o sangue do
testamento que Deus vos tem mandado.
E semelhantemente aspergiu com
sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério.
E quase todas as coisas, segundo
a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário
que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as
próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de
Deus;
Nem também para a si mesmo se
oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com
sangue alheio;
De outra maneira, necessário lhe
fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação
dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de
si mesmo.
E, como aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,
Assim também Cristo, oferecendo-se uma
vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que
o esperam para salvação.
Fonte de pesquisa:
A bíblia.