ECUMENISMO E A VONTADE DE DEUS
Parece uma coisa tão bonita. Pessoas de religiões diferentes
convivendo em paz, fazendo encontros especiais, falando bem dos outros e das
religiões diferentes. Temas de paz, compreensão e amor ao próximo são bons e importantes.
O discípulo de Cristo deve abraçar os movimentos ecumênicos? Esta tendência
representa o caminho certo para servir a Deus no século XXI?
Neste artigo, vamos abordar as seguintes questões: O que é o
ecumenismo? O que é o
pluralismo? O que Deus diz sobre estas ideias? Como devemos agir
diante destas tendências?
Estes movimentos envolvem vários níveis ou aspectos.
Manchetes falam de reuniões entre líderes religiosos para promover a tolerância
e a compreensão. Várias organizações religiosas, às vezes, juntam forças para
realizar obras sociais e culturais. Outras iniciativas buscam minimizar
diferenças teológicas e doutrinárias, dizendo que as diversas religiões são
boas e igualmente válidas e que todas buscam os mesmos benefícios para os
homens.
Podemos ver um exemplo que ilustra o objetivo de tais
iniciativas no trabalho do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e
Educação Popular (CESEP). Conforme o site dela na Internet, esta organização
oferece um curso que inclui “Panorama histórico de espiritualidade nas
tradições religiosas: cristã, islâmica, budista, africana, indígena e wiccana
com participação em celebrações religiosas... e participações em celebrações
religiosas nas tradições: hinduísta e judaica”. Um participante do curso
recentemente escreveu: “E como é parte do diálogo, no qual eu acredito, podemos
durante o curso participar de momentos celebrativos das diversas religiões,
entre elas: Umbanda, Candomblé, Judaísmo, Islamismo, Budismo e Hinduísmo.” Ele
cita as regras do ecumenismo apresentadas no curso, uma delas dizendo:
“Eventualmente, cada participante do diálogo deveria ter uma experiência da
religião do outro – por dentro” (Antônio Ryscak, da Igreja Anglicana).
No “ecumenismo cristão”, pessoas de igrejas diferentes
aplicam o pluralismo para decidir que algumas doutrinas são essenciais,
enquanto outras são sujeitas à interpretação, tradição e opiniões próprias.
Desta maneira, podem achar essencial acreditar na morte e ressurreição de
Jesus, mas não importante aceitar o que ele diz sobre o batismo. Podem dizer
que é importante acreditar em Jesus, mas não precisa, necessariamente,
acreditar nos milagres ou nos ensinamentos dele.
No “macro-ecumenismo”, o pluralismo iguala tantas doutrinas
diferentes que as únicas verdades universais são algumas noções muito
generalizadas. Por exemplo, é importante promover a paz, o amor e a felicidade
dos seres humanos. Passando destas ideias básicas, já entrariam em conflito.
Em geral, quanto mais abrangente o ecumenismo, menor a
“verdade”.
O que Deus diz?
Quando ecumênicos procuram aprovação de Deus, sempre
destacam o amor dele, que é uma característica importantíssima da natureza
divina (1 João 4:8). Mas, para tentar justificar a união do sagrado com o
profano, esquecem-se da santidade dele, outro aspecto fundamental de seu
caráter (Apocalipse 4:8). O ecumenismo depende de uma teologia desequilibrada.
No Velho Testamento, Deus sempre exigia pureza, santificação
e separação das outras religiões. Antes de subir a Betel (casa de Deus), a
família de Jacó teve que lançar fora seus “outros deuses” (Gênesis 35:2). Deus
falou para Israel não ter nenhum outro Deus (Êxodo 20:1-3), e exigia uma
intolerância absoluta em relação aos outros (falsos) deuses (Êxodo 22:20;
23:24). Adoração de qualquer outro deus é vista como desvio do Senhor (Êxodo
32:8; Juízes 2:12; 10:6). Josué insistiu na importância de servir somente o
Deus verdadeiro, rejeitando os falsos deuses dos outros povos (Josué 24:14-15).
Homens fiéis recusavam servir outros deuses, mesmo quando foram ameaçados de
morte (Daniel 3:18).
No Novo Testamento, Deus exige a mesma pureza e
santificação. Servir falsos deuses é voltar á escravidão (Gálatas 4:8-9). Por
isso, devemos nos guardar dos ídolos (1 João 5:21; 1 Coríntios 10:14), pois a
idolatria é um pecado que impede acesso ao reino de Deus e leva à condenação
eterna (1 Coríntios 6:9-11; Apocalipse 21:7-8). Os ensinamentos da Nova Aliança
não somente condenam a idolatria, mas toda e qualquer forma da impureza (2
Coríntios 6:14 - 7:1). Qualquer um que nos incentiva a aceitar doutrinas que
não vêm de Jesus Cristo deve ser rejeitado (Gálatas 1:6-11; 2 João 9).
Como devemos agir?
Podemos ser pessoas santas num mundo influenciado pelo
pluralismo e o espírito ecumênico? Como viver para agradar a Deus neste
ambiente de compromisso e desrespeito pela verdade única que ele revelou?
Consideremos alguns princípios bíblicos que mostram o que devemos fazer: Procurar
viver em paz com todas as pessoas, amando como Jesus amou (Romanos 12:18); Seguir a doutrina revelada por
Jesus e seus apóstolos, como o fizeram os primeiros discípulos (Atos
2:42; Efésios 4:14-15); Pregar a mensagem da salvação oferecida exclusivamente
por meio de Jesus (Atos 4:12);
Conhecer e pregar o único caminho à salvação por meio de Jesus Cristo
crucificado (1 Coríntios 2:1-5; 2 Timóteo 4:1-4); Rejeitar aqueles que ensinam
outras doutrinas (Romanos 16:17-18); ‘ Manter a nossa separação e santidade (1
Pedro 1:16; Hebreus 12:14).
A importância da
escolha certa
A pesar das palavras suaves de líderes de diversas igrejas e
religiões, o servo de Deus precisa escolher entre o certo e o errado. Os
verdadeiros líderes espirituais – as pessoas escolhidas por Deus para guiar o
seu povo – não apoiam o pluralismo e o ecumenismo.
Postado por Edinêr
Dennis Allan