E QUANDO A CASA FICAR PEQUENA
PARA ABRIGAR AOS IRMÃOS
Sabemos que muitos ficam assustados, outros fascinados ao conhecer a
diferença de ensinamento bíblico, entre os que amam a Deus verdadeiramente em
Espírito e em Verdade, e a doutrina que permeia nas instituições religiosas
denominacionais que o homem chama de “igreja”, pois os eruditos que fazem a
mídia dentre os evangélicos criaram o mito que para servir a Deus e por Ele ser
abençoado, se faz necessário se membrar a uma instituição religiosa e dar
dinheiro para manter despesas da instituição e a mordomia dos líderes.
Para tanto, temos recebidos inúmeras questões a esse respeito, e as
principais preocupações são: E quando ajuntarem-se um grande número de
pessoas, como faremos para acomodar todos os servos numa casa?
Outro questionamento é COMO MANTER A OBRA SEM OS
DÍZIMOS E OFERTAS? Vamos responder segundo a Palavra do Senhor:
Lembre-se, primeiramente no dia de Pentecostes, agregaram-se ao Evangelho de
Cristo quase três mil almas (Atos 2.41), e onde os Apóstolos congregavam com
aqueles irmãos, se não nas casas? Observe que, os Apóstolos pregavam
também no templo e nas sinagogas com objetivo de libertar os judeus que
persistiam em continuar cumprindo a lei de Moisés, porém, sem qualquer vínculo
com essas entidades.
E a Palavra de Deus no
livro de Atos 7.48, diz: O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos
de homens. O que fora ratificado no livro de Atos 17.24: O Deus
que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não
habita em templos feitos por mãos de homens.
E os pregadores tratam o local onde se reúnem de “a casa do
Senhor”, vinculando santidade e reverências à estrutura material, mas
diante da Palavra isso é um equívoco, porque nós somos o templo do Espírito
Santo de Deus, observem: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós? (I Coríntios 3.16).
E
ainda I Coríntios 6.19 diz: Não sabeis que o vosso corpo é o templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos?
VELHA ALIANÇA:
TEMPLO, SACERDOTES E SACRIFÍCIOS.
O antigo Judaísmo estava centrado em três elementos: O templo, o sacerdócio e o
sacrifício. Porém, Cristo ao render o seu Espírito a Deus (Mateus 27.50,51),
o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, então passamos a viver pela sua
graça, encerrando-se ali toda ordenança da lei de Moisés.
E Jesus anulou esses três elementos, cumprindo-os em si mesmo. Hoje Ele
é o Templo que incorpora uma nova e viva casa, não feita por mãos
humanas, mas pelo seu próprio sangue. Ele é o Sumo Sacerdote Eterno e o Sacrifício
perfeito e definitivo, por um Novo Mandamento escrito com o seu
próprio sangue (João 13.34).
Hoje, no tempo da graça, não existe mais a figura do sacerdote para
interceder ao Altíssimo pelos pecados do povo, mas todos que receberam a
Jesus como seu Único e suficiente Salvador, dobrarão o joelho diante do Pai e
será ouvido, em Nome do seu amado Filho.
Portanto, meditamos na Palavra do Novo Testamento encontramos inúmeras
referências que os Apóstolos se reunião nas casas, veja:
Atos 12.12: E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João,
que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.
Romanos 16.5: Saudai também a igreja que está em sua casa.
Colossenses 4.15: Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia, e a
Ninfa, e à igreja que está em sua casa.
Filemon 1.2: E à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro,
e à igreja que está em tua casa:
Atos 28.30, 31: Paulo ficou dois anos inteiros na sua
própria habitação que alugara e recebia todos quantos vinham vê-lo, pregando o
Reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor
Jesus Cristo, sem impedimento algum.
Jesus sintetizou a sua igreja em uma única frase dizendo: Onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles Mateus
(18.20).
Portanto amado em Cristo, não há dúvida, a forma de congregar é nas
casas dos irmãos, porque cada um de nós que recebemos a oferta da salvação,
não podemos enterrar o talento, mas espalhar a graça recebida (salvação).
RECOMENDAÇÕES QUE PRECISAM SER OBSERVADAS
A primeira é se conscientizar que assim como as ovelhas são de Cristo, a obra
que fazemos também é para honra e glória do seu nome. Portanto, devemos seguir
firmemente nesse princípio, pregando nas casas ou onde quer que estejamos, mas
com o passar do tempo a obra vai crescer em unidade e a sua residência ficará
pequena para reunir com todos os irmãos, mas isso não é problema, é a
germinação das sementes espalhadas, as quais produzirão frutos para salvação de
muitas almas, para honra e glória do Pai.
Diante dessa situação, vem em mente o desejo de alugar um prédio para acomodar
os que somam conosco, mas o ensinamento bíblico não é esse, por isso precisamos
preparar aos irmãos que congregam conosco a guardarem os mandamentos, e ensiná-los
a fazer a obra para pescar almas para o Reino de Cristo.
Mas a medida que cada um dos irmãos vão crescendo na fé e estiverem
preparados para realizar a obra de evangelização, então assumirão suas
funções dentro do ministério e irão pregar o Evangelho em outros locais ou
seja nas suas próprias casas e nas casas de outros irmãos, porque essa é a
recomendação do Senhor Jesus descrita no Evangelho de Mateus 28.19, ocasião em
que disse: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo
(Edição Revista e Corrigida).
Porque o compromisso para fazer a obra de Deus anunciando o Evangelho e
a salvação aos que andam em trevas, não é exclusividade apenas para o líder da
comunidade evangélica ou de um grupo de missionários treinados especialmente
para fazer a evangelização, mas todos que recebem o talento, a graça da
salvação devem pregar a Palavra, isto é, tem o dever e o compromisso de
anunciar o Evangelho para fazer a obra de Cristo, ao contrário estará
enterrando o talento que deverá ser multiplicado.
Outro detalhe, em nome do sangue e do sacrifício do Senhor Jesus, não podemos
aceitar um centavo sequer, nenhuma recompensa em razão do Evangelho, pois a
obra não é nossa, mas do Senhor, e cada centavo que alguém recebe em nome do
sangue e do sacrifício Cristo não tenha dúvida que dará conta disso no grande e
terrível Dia do Senhor.
Mas se o pregador ou algum dentre os irmãos tiver necessidade poderá receber
somente o essencial para o seu sustento diário, ou seja, alimento, pouso,
eventualmente um calçado ou roupa, mas dinheiros em nome do sangue e do
sacrifício do Senhor jamais poderão receber, porque o galardão daqueles que
servem a Deus não está nas coisas deste mundo, mas nos dias vindouros.
Apesar de reconhecer o direito, Paulo exemplificou que não tirava proveito
disso, para não por impedimento na obra de Cristo.
E de forma alguma podemos seguir o exemplo dos pregadores que não tem
compromisso com Deus, os quais usam o sacrifico do Senhor para tomar dinheiro
dos irmãos, mas Cristo já pagou o mais alto preço pela aspersão do seu próprio
sangue.
Sendo assim, não é recomendável alugar e nem construir nenhuma
edificação material para reunirem-se, porque virão despesas, haverá necessidade
de coleta, e acabará como as demais instituições religiosas.
Porque a coleta recomendada por Paulo não era dinheiro para a
instituição, mas as coisas indispensáveis no cotidiano para suprir as
necessidades dos mais pobres dentre os irmãos.
Carvalho - Cristo é a Verdade