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31 de outubro de 2012

CARNE OU ESPÍRITO

A VERDADEIRA PALAVRA: CARNE OU ESPÍRITO: SEMEANDO PARA A CARNE – CEIFANDO CORRUPÇÃO O evangelho é sem dúvidas boas novas para o homem perdido.  Ele nos fala do amor de Deus e ...

CARNE OU ESPÍRITO


SEMEANDO PARA A CARNE – CEIFANDO CORRUPÇÃO

O evangelho é sem dúvidas boas novas para o homem perdido.  Ele nos fala do amor de Deus e de como, por sua graça e misericórdia, os mortos espiritualmente são vivificados (Efésios 2:1-8).  Ele oferece cura para os enfermados pelo pecado e descanso para os que levam pesados fardos.  Com gratidão e alegria, homens humildes responderam à mensagem e por meio da fé em Jesus Cristo escaparam da escravidão da iniquidade.  Como benfeitores do sacrifício de Cristo, foram libertos de um estado de pecado realmente desesperador e foram feitos filhos e herdeiros de Deus (Romanos 8:15-17).  Agora vivem como filhos da luz, sendo exortados a andar "de modo digno da vocação a qual fostes chamados" (Efésios 4:1).
As práticas da carne não foram facilmente descartadas por muitos dos filhos de Deus.  Os velhos costumes custam a passar, sobretudo se o compromisso da pessoa for incerto ou se o crescimento foi retardado pela insuficiência na nutrição ou na prática espiritual.  A estrada que conduz à ruína está sempre aberta e facilmente é encontrada por aqueles cuja mente não está firmemente posta nas coisas de cima.  Mesmo as pessoas mais justas podem tropeçar se abaixarem a guarda e deixarem de "vigiar e orar".  Será sempre necessário que os mestres fiéis ajam como vigias e advirtam sobre o mal iminente que espera os que praticam o pecado.
Paulo já havia advertido os gálatas sobre as consequências de andar na carne (Gálatas 5:21), e em sua epístola a eles mais uma vez implora para que se lembrem da lei de Deus acerca da colheita:  "Não vos enganeis:  de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7).
Que o pecado produz desastre e tragédia deve ser óbvia para o homem honesto.  Vivemos em um mundo que foi marcado e aleijado pela rebeldia do homem contra Deus.  O pecado continuará a arruinar e destruir os que tolamente o abraçam.
Em primeiro lugar, pense que para praticar o pecado violamos o propósito que o Criador tem para nós.  O homem foi feito à imagem de Deus e, embora revestido de carne, é um ser espiritual.  O homem não se rebela "naturalmente" contra o seu Criador.  Não prefere "por natureza" e escolhe as paixões degradantes da carne, resistindo às veredas da justiça.  Na verdade, sua inclinação natural o encaminha para ter prazer na lei de Deus no homem interior (Romanos 7:22).  Isso significa que o homem intuitivamente reconhece a natureza superior à “justiça" inerente dos princípios da verdade.  Para que o homem viole esses princípios, ele tem que primeiramente voltar-se contra si mesmo.  Suas circunstâncias passam a ser semelhantes aos pensamentos expressos por Paulo:  ". . . pois não faço o que prefiro e sim o que detesto" (Romanos 7:15).  Esse homem leva uma vida de conflito interno constante, perdendo respeito próprio e a paz de espírito, até que por fim a voz da consciência é calada e o engano próprio substitui a honestidade (1 Timóteo 4:2; Romanos 1:21-22).  Uma transformação degradante começa, a qual o levará cada vez mais longe de Deus.  Não nos surpreende que Paulo advertisse aos gálatas que viver pela carne destruiria toda a espiritualidade do homem "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gálatas 5:17).  Cristão, tome cuidado!  Um retorno ao pecado fará de você a mais infeliz das criaturas: "Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal" (2 Pedro 2:22).
Andar na carne também gera conflitos com o nosso próximo.  É por isso que os homens mordem e devoram uns aos outros (Gálatas 5:13-15).  O homem carnal fica desconfiado, sem fé, insensível.  O ódio dele e a intolerância que tem para com os outros é um reflexo de seu próprio vazio e insatisfação com a vida.  Ele pode apresentar uma fachada dizendo que é feliz, mas na verdade não pode escapar dos momentos inevitáveis em que a vida é medida e ele deve perguntar: "Isso é tudo?".
A maior tragédia do pecado é declarada por Paulo em Gálatas 5:21:  "Eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam".  Paulo refere-se aqui à existência eterna do homem com Deus no céu (Mateus 25:34; 2 Pedro 1:10-11), e não poderia haver um apelo mais solene feito para incitar o homem a andar no Espírito.
A natureza do pecado (rebelião contra Deus) determina que Deus não possa associar-se com os que se lhe opõem, e o desejo do homem de andar contrariamente às leis de Deus demonstra que ele não é digno dessa comunhão.  O homem que tolamente prefere os prazeres sórdidos e profanos da carne aos tesouros de Deus virão a conhecer o máximo de horrores.  Ele conhecerá uma eternidade intocada pela presença de um Deus justo e amoroso.  Para sempre não terá mais acesso a todo bem e a toda coisa de valor que em qualquer momento existiu.
"Não vos enganeis... Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção" (Gálatas 6:7-8).

Postado por Edinêr

Rod Amonett



30 de outubro de 2012

O VERDADEIRO PASTOR

JESUS, PASTOR DE PESSOAS E NÃO DE CONSUMIDORES


Jesus amou e morreu por pessoas. Jesus ressuscitou por pessoas. Ele deu sua vida em resgate de homens e mulheres que estavam perdidos em seus próprios delitos e pecados. Compadeceu-se de homens e mulheres que estavam condenados à morte por suas transgressões. Cristo amou e se entregou em sacrifício na cruz por causa da rebeldia e da desistência humana de andar, comungar e obedecer ao Criador. O Filho de Deus doou a vida eterna a pessoas que o receberam como Senhor e Salvador. No mistério e profundidade de sua graça, ele nos olhou como pessoas e ovelhas, dando-nos vida – e vida em abundância.
Como pastor, Jesus deu e dá sua vida pelas ovelhas e por seu rebanho. Somos, como igreja, comunidade e ajuntamento de pessoas que estavam prisioneiras em seus próprios medos, incertezas e angústias. Éramos cativos de mente e coração. O desespero e a incerteza diante da morte e da fragilidade da experiência humana nos atormentavam. Assim, pessoas comuns – com suas histórias, marcas, heranças e contextos –, através de seu Espírito, têm escrito uma nova história onde fé, convicção, certeza e esperança se instalaram.
Tal compreensão pode ser libertadora nos dias de hoje, quando tantas pessoas, equivocadamente, são transformadas em consumidores pelo mercado da fé. De forma sutil e sorrateira por um lado, e agressiva por outro, essa dinâmica tomou conta da mentalidade evangélica no Brasil e no mundo. Devotos se transformaram apenas em consumidores e mantenedores desse mercado, travestido até na forma de igrejas locais coorporativas e estruturas empresariais. A lógica e o discurso são os mesmos do mercado: cantamos sobre a marca Jesus, escrevemos sobre ela, lançamos produtos temáticos. Já há até estudos de marketing acerca de características de gênero, classe social, faixa etária e necessidades de determinados grupos sendo usados para a criação de igrejas.
Grandes conglomerados comerciais de literatura e música chamadas de cristãs estão sendo engolidos com voracidade por empreendedores que, até bem pouco tempo, nem se importavam com a existência do tal segmento evangélico. Só que o Jesus de muitos pregadores, cantores, corporações e empresários não é necessariamente aquele apresentado na Bíblia, o Jesus eterno e histórico, o Emanuel, o Deus que se fez homem; aquele que veio como escravo e servo para proporcionar ao caído salvação através da cruz, para anunciar o Reino de Deus e trazer graça, senhorio e juízo. Esse Jesus midiatizado não é o Jesus que trouxe ensino e valores de amor, compaixão, paz e justiça, e que nos deixou a missão de lhe fazer discípulos e seguidores.
O pastor Jesus, pastor de ovelhas, de gente, trata a cada um com pessoalidade, dignidade e importância. Ele nos ama como pessoas, ouve nossos relatos, está atento à nossa realidade e história. O pastor Jesus alimenta o faminto, sacia o sedento, limpa o imundo, cura os feridos, protege e conduz ovelhas. Jesus nos ajuda a dar significado ao pastoreio e a contextualizar esta vocação do acolhimento, do cuidado, do ensino e da formação espiritual. Os pastores não precisam perder o caminho da fé, assim como qualquer cristão em outra área profissional ou de atuação – uma fé que ganha contornos práticos de uma vida de serviço e de trabalho digno, mediante o suor do rosto. Fé no Deus trino, e não no mercado que fala sobre ele.
Muitos dirão que comércio pode ser feito com ética e honestidade, visando a legítimos propósitos. É verdade. Mas a chance de o mercado tirar do centro a essência e o alvo do Evangelho, de sua mensagem e obra, são muito grandes. Pastores, escritores e artistas cristãos produzem em escala industrial coisas que se tornarão, invariavelmente, produtos de consumo: mensagens, livros, CDs, ensinos, palestras, DVDs... Tudo tem seu preço, e tudo acaba alimentando esse mercado da fé. Numa linha muito tênue, o negócio se torna a pessoa, o pregador, o cantor, o escritor, sua corporação, sua visão, sua estrutura criada. Assim, o que fazem torna-se um fim em si mesmo, e não um meio para atingir algo mais elevado.
No genuíno pastoreio, contudo, precisamos ser cuidadosos e íntegros. Não se pode perder de vista que cuidamos de pessoas, e não de consumidores. O mercado não é o nosso negócio, muito menos o propósito do chamado e vocação pastoral. Somos cuidadores e referenciais de Jesus para o rebanho de Deus, ajudando ovelhas a permanecerem no Caminho.
Por Nelson Bomilcar

29 de outubro de 2012

MILAGRES E MAIS MILAGRES

UMA NOVA ERA DE MILAGRES

Nunca antes, na história da Igreja Evangélica, milagres e curas estiveram tanto em evidência. Vivemos em uma era pentecostal, e onde quer que existam igrejas crescendo, relatos de maravilhas operadas por Jesus são cada vez mais frequentes. Diversos grupos cristãos, inclusive, constroem suas plataformas teológicas e litúrgias justamente sobre as promessas de que os milagres não apenas continuam acontecendo hoje, como estão à disposição de todo aquele que crer. Para inúmeros crentes, os milagres são extremamente importantes – mas, mesmo entre o povo de Deus, há aqueles que veem a suposta repetição dos sinais relatados no Novo Testamento com desconfiança. Os médicos cristãos, particularmente, costumam se dividir entre a crença na ação divina e o ceticismo típico de quem costuma ver muitos doentes e sabe que o que acontece com eles é difícil de prever e explicar. Alguns pioram inesperadamente e morrem. Outros apresentam surpreendente melhora. E não se sabe exatamente o porquê. Para muitos profissionais de saúde, este é realmente um paradoxo difícil de explicar. Médicos de fé piedosa não negam que, por vezes, certas reabilitações seriam melhor explicadas como resultado da intervenção divina. Contudo, têm a certeza, comprovada pela ciência, de que a ligação entre mente e corpo é incrivelmente forte. Por isso, nenhum deles aposta totalmente no argumento de que a cura é proveniente de um milagre. Gente assim representa uma tradição no protestantismo que pode ser encontrada desde a Reforma. Eles creem no poder de Deus para realizar milagres, mas não os veem acontecer muito nos dias de hoje – e nem os consideram tão importantes assim, quer aconteçam ou não. Bíblia não usa exatamente a palavra milagre. Em vez disso, o termo mais comumente empregado nas Escrituras em relação a esses acontecimentos espetaculares é “sinal”. Existe todo um mundo dentro dessa única palavra. Crentes modernos costumam pensar em milagres como “prova” – uma prova de que Deus é real e poderoso, de que ele pode invadir o mundo natural com poder sobrenatural. Mas o sinal aponta para outra direção. Numa comparação simplória, eles são semelhantes às placas que, na estrada, indicam a direção dos destinos. Elas são importantes quando estamos perdidos ou, pelo menos, inseguros quanto o rumo a tomar. Quando nos deparamos com uma placa indicando nosso rumo, sentimo-nos imediatamente aliviados e mais seguros – afinal, sabemos onde estamos e para onde vamos. Curiosamente, depois, nem nos lembramos mais da placa que nos ajudou. Ela apenas serviu para nos indicar o caminho, e nada mais. O teólogo Colin Brown compara os milagres a esses sinais de aviso. “Eles mostram a presença de uma ordem de realidade diferente da que está presente em nossa vida cotidiana”, ele diz. Sinais nunca são um fim em si mesmos. Eles não apontam em sua própria direção, nem são prova de nada neles mesmos. Tampouco existem para nos fazer pensar que já chegamos a determinado lugar, mas para nos guiar para um novo lugar. SINALIZAÇÃO Entender os milagres como sinais ajuda a suavizar as incongruências do Novo Testamento a respeito deles. Jesus era, sem dúvida, um operador de milagres, mas à primeira vista ele parecia ter ideias contraditórias sobre eles. O Filho de Deus criticou, por exemplo, os fariseus e saduceus quando exigiram que ele provasse quem era fazendo milagres. “Uma geração má e adúltera pede um sinal”, disse Jesus a eles. (Mateus 12.39). As multidões também queriam ver um sinal para que cressem no Messias, e lembraram a Jesus que Moisés havia provido o maná. Cristo, certamente, poderia ter feito isso também; porém, como resposta, falou que Deus dava a eles “o verdadeiro pão do céu”. Quando lhe inquiriram mais a respeito, ele disse com todas as letras: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome” (João 6.35). O Salvador não lhes daria o maná milagroso, apesar de poder fazer isso. Ele preferiu dar a si mesmo. E, no entanto, quando confrontou os líderes religiosos a respeito de sua relutância em crer, Jesus falou de milagres, dizendo que as obras que faziam em nome do Pai testificavam a seu respeito. E, diante da iminência de ser apedrejado por blasfêmia, limitou-se a questionar seus algozes: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?” (João 10.32). João comentou: “E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele.” O próprio Jesus, muitas vezes, também tentou abafar seus milagres, dizendo àqueles a quem havia curado para que não contassem a ninguém a respeito. Como entender essa postura aparentemente tão estranha? A resposta diz respeito à natureza dos sinais. Os milagres de Jesus apontavam para o anúncio do Reino de Deus. Qualquer um (como os fariseus) que visse isso e fingisse não entender a mensagem era hipócrita. Eles podiam dizer que procuravam pela luz, mas a verdade é que não queriam vê-la. Simplesmente, viram a sinalização indicando o caminho, a verdade e a vida e decidiram tomar outro rumo. O apóstolo Paulo demonstra a mesma incongruência de maneira diferente. Assim como Jesus, ele era conhecido por seus milagres. Depois de sua conversão milagrosa, ele começou a viajar com Barnabás. Atos 14.3 diz que Deus “confirmava a palavra da sua graça, concedendo que, por mão deles, se fizessem sinais e prodígios”. Paulo e Barnabás foram até Jerusalém para defender seu ministério perante um conselho da igreja, e lá contaram “os sinais e pródigos que Deus fizera por meio deles entre os gentios”, conforme o relato de Lucas. Ele ainda registra que, em Éfeso, “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam” (Atos 19.11-12). Paulo escreveu aos Coríntios que eles haviam visto em seu ministério as credenciais do apostolado, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos, conforme II Coríntios 12.12. Ele escreveu aos romanos a respeito do que Cristo fizera por seu intermédio para conduzir os gentios à obediência, “por palavras e por obras, por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo”. É evidente que, para Paulo, assim como para Jesus, a obra do Evangelho era acompanhada por sinais e maravilhas – ainda assim, suas cartas às igrejas nunca mostram que ele esperava que os cristãos curassem enfermos e expulsassem demônios. Ele instrui sobre casamento e família, sobre comunidade e oração, sobre vários aspectos práticos da vida; mas nunca oferece instrução a respeito do ministério de milagres. Argumentos a respeito de seu silêncio sobre essa questão não são confiáveis. Só porque ele não lhes disse para fazer não é prova de que não queria que fizessem. É impressionante, no entanto, como suas prioridades eram diferentes das prioridades das pessoas que praticam a cura e o exorcismo nos dias de hoje. Elas falam sobre realizar milagres a cada oportunidade que têm. Já Paulo não fazia isso. O Novo Testamento certamente nos conta fatos cruciais a respeito dos milagres. O ministério cristão é marcado por eles, mas não coloca seu foco neles. Trata-se de um equilíbrio delicado, que muitas pessoas não conseguem encontrar. Muitas não abrem espaço algum em suas vidas para milagres. Outras agem como se estivessem mais interessadas nos milagres do que em Jesus. Os sinais do Reino, que ele exibiu ao longo de sua vida entre os homens, prepararam o caminho para aqueles que o viram ser ressuscitado dos mortos. O mesmo acontece conosco. Os sinais que vemos preparam o caminho para a plenitude desse Reino, quando teremos uma vida ressurreta. É nossa responsabilidade estarmos abertos para os sinais da maravilhosa presença de Deus, e orarmos por eles. É nossa responsabilidade louvarmos ao Senhor quando vemos milagres acontecerem, e meditarmos a respeito da mensagem que ele tem para nos dar através deles. Da mesma forma, é de nossa responsabilidade não corrermos atrás de sinais e maravilhas, como se fossem o bem supremo planejado por Deus. Somos responsáveis por não exigir milagres como prova de que o Todo-poderoso está presente. Eles não são o conteúdo do Reino; são sintomas do Reino. O conteúdo desse Reino é Jesus, que sofreu, morreu e foi sepultado, sendo depois trazido de volta à vida. FASCÍNIO x CETICISMO Muito da confusão a respeito de milagres – tanto o fascínio exagerado quanto o ceticismo – vem de um pensamento desenvolvido durante o Iluminismo e que agora está profundamente enraizado nas mentes ocidentais. A confusão está na separação entre natural e sobrenatural. No final do século 17, um cristão devoto, Isaac Newton, aplicou sua mente brilhante em desvendar os segredos do universo. Sua descoberta da gravidade e das leis do movimento o ajudou a analisar as órbitas planetárias. O gênio inventou um cálculo capaz de tornar as contas mais precisas, permitindo que os astrônomos acompanhassem cada planeta com tanta precisão que é possível sabermos com exatidão, por exemplo, quando uma das muitas luas de Júpiter estará em seu equinócio. Tudo estava perfeitamente colocado em seu lugar, e era totalmente previsível. A imagem de um universo mecânico e silencioso cresceu – o cosmos passou a ser visto como uma máquina. Mais tarde, outras ciências fizeram suas contribuições ao acúmulo de saber humano. A biologia, em particular, com a descoberta da genética. Agora, não apenas o sistema solar e as galáxias, mas também uma simples árvore podia ser completamente estudada através das “leis da natureza”, que explicavam como seu mecanismo funcionava – e tinha que funcionar. As doenças, antes consideradas obra de espíritos malignos, podiam ser explicadas como resultado de falências naturais de órgãos ou resultado de infecções por organismos minúsculos e nocivos. E, o melhor de tudo – podiam ser tratadas! Naturalmente, muitas pessoas que passam a acreditar em um universo tão mecânico acabam se tornando céticas em relação a Deus. Ficou célebre uma frase atribuída ao astrônomo francês Pierre-Simon Laplace quando questionado pelo general Napoleão Bonaparte a respeito do lugar do Criador em seu trabalho: “Eu não precisava dessa hipótese.” Ainda assim, muitos ainda mantêm sua crença em um Deus ativo. Eles reconhecem o aspecto maquinal da criação, mas insistem que o Criador intervém ocasionalmente no mundo, de maneira sobrenatural. Eles dividem o mundo em “natural” e “sobrenatural” – um universo girando por conta própria, como uma máquina, sofrendo intervenções ocasionais do Todo-poderoso. Newton, por exemplo, achava que Deus tinha que, de vez em quando, intervir para ajustar os planetas em suas órbitas, a fim de que não saíssem de sincronia. Eventos sobrenaturais, por esse modo de pensar, são momentos em que Deus interfere na máquina natural. Ele entra em cena e transforma água em vinho. De outra feita, ergue um aleijado, ou restitui a vista a um cego. Enfim, o Senhor se permite colocar, vez por outra, seu dedo em uma engrenagem do “equipamento” da natureza, fazendo-o funcionar de outra maneira. As pessoas que separam o natural do sobrenatural chamam essas intervenções de Deus de “milagres”. AVANÇO DO REINO Ao pensarmos um pouco, no entanto, podemos perceber que essa separação entre natural e sobrenatural é antibíblica. Não é Deus o Criador e sustentador de tudo o que existe? O clima, por exemplo – as Escrituras falam sobre como as nuvens são as carruagens de Deus e que fenômenos naturais são atos de seu poder. A chuva, por exemplo, que segundo as Escrituras cai sobre justos e injustos. Esses fatos não estão em conflito com a ciência da meteorologia. De fato, tudo o que acontece na criação está cheio do poder e da presença de Deus. Não existe nenhum lugar para onde possamos ir a fim de escapar de sua presença. Nada do que acontece ocorre fora de sua vontade. Tudo é natural e sobrenatural ao mesmo tempo. Seria recomendável que retornássemos à sabedoria de Agostinho, que entendia os milagres não como uma violação da lei natural, mas como momentos em que o Senhor anda por caminhos incomuns. Eles não são mais inspirados por Deus do que o nascer do sol todas as manhãs; são apenas um rompimento incomum da maneira como o Senhor costuma operar – e, portanto, constituem um sinal de algo importante. A questão é que milagres são tão incomuns que ficamos perplexos. Por serem raros, chamam nossa atenção. É isso que os sinais fazem: eles sobressaem em seu ambiente e, então, nós os notamos. Caso contrário, poderíamos percebê-los? O evento em que Jesus alimentou aqueles milhares de pessoas foi, de certa forma, bem menos significativo do que um fato corriqueiro que quase ninguém comenta: a colheita do trigo. Ano após ano, sementes de trigo se transformam nas plantas que vão proporcionar um grão que é a base da alimentação da humanidade. Ou seja, é o poder de Deus que faz germinar aquelas sementes, nutrindo geração após geração, e ninguém se maravilha com isso. Mas deixe Jesus multiplicar o almoço de alguém uma única vez, para uma pequena multidão, e todos irão se maravilhar. Não que isso seja mais significativo ou sinalize mais o poder de Deus do que a colheita do trigo: o espanto acontece porque aquela situação foi algo jamais visto. Mas tanto um como outro milagre são sinais de que Jesus – através de quem o trigo foi feito, e é quem sustenta e permite seu crescimento – está se movendo de maneira incomum, e que seu Reino, há muito prometido, está avançando.

 Por Tim Stafford

28 de outubro de 2012

A BÍBLIA E O VENENO DA AMARGURA


O VENENO DA AMARGURA

A amargura é um veneno que pode se desenvolver e crescer dentro de uma pessoa – até quase despercebida por ela mesma. Acredito que seja uma ferramenta que Satanás usa como armadilha para apanhar até mesmo aqueles que têm trabalhado arduamente para livrar suas vidas de muitos outros pecados. O apóstolo Pedro falou da amargura como um veneno quando repreendeu o ex-feiticeiro. Ele disse: “pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniquidade” (Atos 8:23).

A condição de Simão não era exclusiva dele. Nenhum de nós está imune a seu veneno. Esposos são advertidos a não tratar suas esposas com amargura (Colossenses 3:19). Ainda que o escritor inspirado não mencione especificamente a possibilidade, eu não tenho dúvida de que as esposas podem desenvolver amargura para com seus esposos. Certamente, se um pai deixa de atender às instruções do apóstolo para evitar desencorajar seus filhos, provocando-os à ira (Colossenses 3:21), eles provavelmente desenvolverão amargura para com ele.

Os pregadores são ótimos candidatos para esta condição venenosa. Ainda que a maioria dos pregadores seja bem tratada pelos outros irmãos, ocasionalmente não o são. Expectativas excessivas do pregador ou de sua família podem causar ressentimento que, se ele não for cuidadoso, conduzirá à amargura. Um pregador poderá esperar que seus irmãos vivam de acordo com suas expectativas, e quando não o fazem, ele fica desencorajado. Muitos homens capazes têm perdido sua influência, alguns até mesmo perdendo a fé, depois de serem vencidos pela amargura para com seus irmãos.

Os idosos (e aqueles que estão se aproximando da velhice) parecem ser especialmente suscetíveis à amargura. Talvez a perda de energia, capacidades diminuídas, problemas de saúde e a percepção (real ou imaginária) de que a geração mais jovem não nos aprecia abram a porta para a amargura.

Amargura é a “propriedade ou característica de severo, de áspero, de intransigente” (Dicionário Houaiss). Ela pode ser provocada por um número de circunstâncias, inclusive: desencorajamento, desesperança, inveja e ciúme.

O Novo Testamento tem várias coisas a dizer sobre esta atitude:

1. Ela precisa ser afastada (Efésios 4:25-32). O apóstolo Paulo lista-a entre muitos outros pecados, e entre aqueles que entristecem o Espírito Santo.

2. É ligada a maldição (Romanos 3:9-18). Cristãos que nunca amaldiçoariam verbalmente podem ser culpados de “maldição virtual” por sua demonstração de amargura. Isto pode ser apenas em pensamento, mas, se não for reprimido, afinal se manifestará em aspereza.

3. É um veneno espiritual (Atos 8:18-23). Como já foi notado, a Simão — que ao se tornar cristão tinha se arrependido de sua feitiçaria — foi dito que sua amargura era seu veneno que o tinha amarrado pela iniquidade. Subitamente, sem a atenção das massas, talvez ele tenha ficado ciumento do poder dos apóstolos para conceder o Espírito Santo pela imposição de suas mãos.

4. Ela pode brotar despercebida (Hebreus 12:12-17). Leia estes versículos e note como o escritor de Hebreus nos conta que precisamos estar “atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando vos perturbe...” (12:15). Se não for reprimida ela pode apoderar-se de nós tão poderosamente que, como Esaú, poderemos não encontrar lugar para o arrependimento, mesmo se o quisermos.

É uma coisa identificar um problema, e outra prover um remédio. Aplicando as Escrituras, eu acredito que podemos vencer este vilão em duas frentes. Primeiro, poderemos ajudar a preveni-lo em outros evitando o que o promove. Por exemplo, a amargura de um esposo pode ser diminuída pelas atitudes e comportamento da esposa (Efésios 5:25, 28, 33). A amargura dos pais pode ser minimizada se os filhos obedecerem (Efésios 6:1-3), e é menos provável que os filhos se tornem amargurados se os pais ouvirem a Deus (Efésios 6:4; Colossenses 3:21).

Todos os cristãos deverão fazer um esforço combinado para não serem desencorajamento para outros. Os cristãos mais jovens, no seu entusiasmo e zelo, precisam não deixar a geração mais velha para trás. Eles precisam entender que “mudança” (ainda que esteja dentro da autoridade) é perturbadora para os idosos. Leve-os gentilmente. Cristãos mais velhos precisam aceitar que sabem de cor que a mudança é inevitável, e enquanto for espiritual, pode até ser desejável. Não “afogue o espírito” do jovem para que ele não se amargure.

Você pode ajudar um pregador a evitar cair na fossa da amargura sendo um encorajamento para ele nos seus esforços para ensinar aos perdidos e edificar os santos. Trate-o como o irmão que ele é, antes que um empregado da igreja que pode ser contratado e despedido à vontade. Sabendo que inveja e ciúme promovem amargura, deveremos evitar alardear poder, posses, ou qualquer outra vantagem que tenhamos sobre outros.

Em segundo lugar, precisamos combater a amargura em nós mesmos resistindo a ela ativamente. Corte pela raiz! Trate-a como qualquer tentação. Comece reconhecendo Satanás como a fonte de atitudes amargas. Quando os sintomas aparecerem, estude e medite nas Escrituras em vez de se entregar à autopiedade. Busque regozijar-se com aqueles que são mais abençoados do que você. Substitua a inveja pela alegria. E mais do que tudo, ore por ajuda. A amargura tem potencial para consumir uma pessoa e drenar-lhe a espiritualidade; e como Satanás gosta disso!

Al Diestelkamp

21 de outubro de 2012

A ESCRITURA SENDO CORRIGIDA


VERSÕES BÍBLICAS

Estamos expondo de duas maneiras distintas o capítulo 58 do livro do Profeta Isaías retirados de duas versões bíblicas: Padre João Ferreira de Almeida em março/2010 e Nova Tradução na Linguagem de Hoje.

A Nova Tradução na Linguagem de Hoje, abreviadamente chamada NTLH, é uma das traduções da Bíblia no Português Brasileiro. Lançada no ano 2000, essa tradução da Bíblia adota uma estrutura gramatical e linguagem mais próximas da utilizada por pessoas de baixa escolaridade no Brasil.

Por que corrigem tanto as Sagradas Escrituras?

 

 

JEJUM

Isaías 58 – Padre João Ferreira de Almeida

 

CLAMA em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.

Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Criador; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem ao Criador,

Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho.

Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.

Seria este o jejum que eu escolheria que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao Criador?

Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Criador será a tua retaguarda.

E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

E o Criador te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.

E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.

Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Criador, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras,

Então te deleitarás no Criador, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Criador o disse.

 

JEJUM

Isaías 58 – SBB – SOCIEDADE BÍBLICA BRASILEIRA

 

http://biblia.com.br/nova-traducao-linguagem-hoje/isaias/is-capitulo-58/

O Criador diz: “Grite com toda a força, sem parar! Grite alto, como se você fosse trombeta! Anuncie ao meu povo, os descendentes de Jacó, os seus pecados e as suas maldades.

De fato, eles me adoram todos os dias e dizem que querem saber qual é a minha vontade, como se fossem um povo que faz o que é direito e que não desobedece às minhas leis. Pedem que eu lhes dê leis justas e estão sempre prontos para me adorar.”

O povo pergunta ao Criador: “Que adianta jejuar, se tu nem notas? Por que passar fome, se não te importas com isso?” O Criador responde: “A verdade é que nos dias de jejum vocês cuidam dos seus negócios e exploram os seus empregados.

Vocês passam os dias de jejum discutindo e brigando e chegam até a bater uns nos outros. Será que vocês pensam que, quando jejuam assim, eu vou ouvir as suas orações?

O que é que eu quero que vocês façam nos dias de jejum? Será que desejo que passem fome, que se curvem como um bambu, que vistam roupa feita de pano grosseiro e se deitem em cima de cinzas? É isso o que vocês chamam de jejum? Acham que um dia de jejum assim me agrada?

 “Não! Não é esse o jejum que eu quero. Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão.

O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes.

 “Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados. O seu Salvador os guiará, e a presença do Criador os protegerá por todos os lados.

Quando vocês gritarem pedindo socorro, eu os atenderei; pedirão a minha ajuda, e eu direi: ‘Estou aqui!’ “Se acabarem com todo tipo de exploração, com todas as ameaças e xingamentos;

se derem de comer aos famintos e socorrerem os necessitados, a luz da minha salvação brilhará, e a escuridão em que vocês vivem ficará igual à luz do meio-dia.

Eu, o Criador, sempre os guiarei; até mesmo no deserto, eu lhes darei de comer e farei com que fiquem sãos e fortes. Vocês serão como um jardim bem regado, como uma fonte de onde não para de correr água.

Em cima dos alicerces antigos, vocês reconstruirão cidades que tinham sido arrasadas. Vocês serão conhecidos como o povo que levantou muralhas de novo, que construiu novamente casas que tinham caído.”

O Criador diz: “Obedeçam às leis a respeito do sábado; não cuidem dos seus próprios negócios no dia que para mim é sagrado. Considerem o sábado como um dia de festa, o dia santo do Criador, que deve ser respeitado. Guardem o sábado, descansando em vez de trabalhar; não cuidem dos seus negócios, nem fiquem conversando à toa.

Se me obedecerem, eu serei uma fonte de alegria para vocês e farei com que vençam todas as dificuldades; e vocês serão felizes na terra que eu dei ao seu antepassado Jacó. Eu, o Criador, falei.”

 

20 de outubro de 2012

AS PROFECIAS FALAM DO TEMPLO ESPIRITUAL.

A VERDADEIRA PALAVRA: REINO MESSIÂNICO

REINO MESSIÂNICO


ESPERANDO O REINO MESSIÂNICO

Zacarias era mais do que um pai orgulhoso de um recém-nascido saudável. Quando o Espírito Santo soltou a língua dele, o sacerdote pronunciou palavras esperançosas de louvor ao Deus que estava preparando para enviar a libertação esperada há muito tempo pelo povo. Ele revelou o papel importante de João como mensageiro do Senhor que traria a luz ao mundo (Lucas 1:67-79).
Simeão podia morrer contente. Ele tinha aguardado com paciência e confiança para ver que Deus não havia esquecido suas promessas. Quando fitou o rosto de uma criança, ainda com menos de seis semanas de vida, sabia que poderia partir deste mundo em paz (Lucas 2:25-35).
André transbordou com expectativas, baseadas em diversas profecias do Velho Testamento, quando correu para dizer ao irmão dele: "Achamos o Messias" (João 1:41).
Natanael tinha que ver para crer. Filipe havia dito as maravilhosas novas sobre seu encontro com aquele que veio para cumprir as profecias antigas, mas ele continuou cético. Jesus lhe ofereceu provas que apagaram suas dúvidas, e a confissão de Natanael expressou os elementos principais de grandes profecias sobre o reino: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel" (João 1:49).
Pouco tempo depois, Jesus pregou abertamente o evangelho do reino de Deus, afirmando: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo" (Marcos 1:15). "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho" para redimir e reinar (Gálatas 4:4-7).
Há um elemento inegável de esperança quando passamos do Velho ao Novo Testamento. Pessoas que conheciam as Escrituras, especialmente os judeus, aguardavam a vinda do Rei que estabeleceria seu reino invencível. Embora o entendimento deles fosse obscuro, devido às limitações de seus pontos de vista políticos, não podemos negar o significado da expectativa messiânica.
Tal esperança era bem-fundamentada. Profetas do Antigo Testamento, eles mesmos incertos sobre os detalhes de cumprimento (1 Pedro 1:10-12), tinha apresentado uma imagem coerente do ungido líder do reino divino. Para apreciar melhor a base das expectativas messiânicas, vamos dar consideração breve alguns exemplos de predições do Velho Testamento sobre o reino.
Deus Estabeleceria a Casa do Rei (2 Samuel 7:11-17)
O sonho da vida de Davi era edificar uma casa para Deus. Ele tinha sido abençoado com um palácio real e com domínio sobre os seus inimigos. Agora, ele pensou na casa de Deus. O profeta Natã apoiou o plano antes de ouvir o que Deus diria a respeito dele. Deus não permitiria as mãos de Davi, cobertas com o sangue de seus inimigos, a erigir o templo. Davi prepararia tudo que seria necessário, da planta às matérias-primas, mas a construção seria feita por Salomão. Enquanto alguns aspectos da mensagem de Natã a Davi se aplicam a Salomão, ao templo físico e à linhagem de reis do Velho Testamento descendentes de Davi, há nessa profecia elementos principais de predições sobre o Messias. Podemos ver que a profecia seria cumprida depois da morte de Davi (7:12; veja Atos 2:29) e que envolveria o descendente de Davi (7:12). Jesus veio da linhagem de Davi (Lucas 2:23-38, especialmente versículo 31). Deus prometeu estabelecer o reino de seu descendente (7:12). Salomão, de fato, reinou depois de Davi, e os seus descendentes continuaram reinando sobre o reino físico de Judá durante mais de três séculos, mas a expectativa do rei descendente de Davi ainda esperava seu cumprimento total em Cristo (Lucas 1:31-33).
Nessas promessas sobre o reino do descendente de Davi, Deus explicou a afirmação curiosa de 7:11 — "...ele, o Senhor, te fará casa". Davi já tinha casa (7:1). A idéia era que ele faria uma casa para Deus, mas agora o Senhor inverteu tudo! Deus não está falando aqui de casas materiais. Ele está olhando para a edificação do reino do descendente de Davi. Mas, há mais. O descendente de Davi construiria uma casa para o Senhor (7:13). Certamente Salomão edificaria uma casa luxuosa coberta de ouro, mas a promessa pede um cumprimento maior visto na casa que Jesus edificou (Mateus 16:18; 1 Pedro 2:4-10; Efésios 2:19-22). É o trono de Jesus, e não de Salomão, que seria estabelecido por Deus para sempre (7:13). Deus estava tão certo do sucesso de seu plano eterno que ele falou, através de Davi, quase 1.000 anos antes da incarnação de Jesus: "Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião" (Salmo 2:6). A relação de Pai e filho em 7:14 claramente inclui Salomão, assim explicando os comentários sobre transgressões e castigo (1 Crônicas 28:6). Mas, mais uma vez, há um cumprimento maior no papel do único Filho, elevado acima de anjos para reinar sobre a casa de Deus (João 1:14; Hebreus 1:5; 3:6). Jesus está no trono e homens ímpios jamais serão capazes de destroná-lo (Atos 2:30-36; 4:23-31).
Embora Natã, provavelmente, não compreendesse o significado da mensagem que ele transmitiu a Davi, mas multidões de sujeitos do reino continuam recebendo os benefícios das bênçãos prometidas por meio do descendente de Davi.
O Rei Invencível e Esmagador (Salmo 2)
Atos 4:23-31 fornece todas as provas necessárias para aplicar a profecia de Salmo 2 a Jesus. Em concordância com a profecia de Natã em 2 Samuel 7, Davi profetizou da colocação do Ungido (Messias ou Cristo) do Senhor no trono. A linguagem forte deste salmo, especialmente dos versículos 9 a 12, nos lembra que é um reino poderoso. Todos os reis da terra não podem destroná-lo—não na cruz, nem com as ameaças contra os apóstolos, nem com as pedras jogadas em Estêvão e outros mártires. Enquanto os súditos corretamente destacam a benevolência do Rei amoroso, não devemos esquecer a imagem do monarca, justamente irado, expulsando os cambistas do templo, ou segurando uma vara de ferro para esmagar aqueles que recusam aceitar seu domínio de amor.
O Monte da Casa do Senhor (Isaías 2:1-4; Miquéias 4:1-3)
Isaías, e seu contemporâneo do 8º século a.C., Miquéias, olharam para os últimos dias, quando o sistema judaico fracassado daria lugar ao reino eterno fundado por Deus (veja Atos 2:17). Eles predisseram o ingresso de pessoas de todas as nações (um conceito que Pedro compreendeu com muita dificuldade em Atos 10). Eles viram a palavra do Senhor se espalhando de Jerusalém (veja Atos 1:8, que serve como previsão do resto da História do Novo Testamento). Viram inimigos se tornando irmãos, como se cumpriu na cruz daquele que é a nossa paz (Efésios 2:11-18).
Ironicamente, o ponto frequentemente esquecido nestas maravilhosas profecias é a parte maior: o monte! Quantas vezes leitores, ansiosos para enfatizar a igreja (1 Timóteo 3:15), praticamente pulam a palavra "monte" para falar sobre o estabelecimento da casa do Senhor. Leia de novo, se necessário: "...o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes...." Montanhas, frequentemente, representam poder e autoridade, e a casa de Deus permaneceria para sempre sobre o alicerce sólido de poder e autoridade absolutos. Jesus, o qual tem toda a autoridade (Mateus 28:18) é a pedra angular (1 Pedro 2:6-7), o fundamento (1 Coríntios 3:11). Se edificarmos sobre ele, ficaremos em pé no dia eterno (Mateus 7:24-25; 2 Pedro 1:10-11).
A Vinda do Reino Consumidor (Daniel 2 e 7)
Chegando mais perto do fim do Antigo Testamento, Daniel oferece informações mais detalhadas sobre o reino que estava por vir. Quando ele revelou e interpretou o sonho de Nabucodonosor, ele previu impérios mundiais que viriam. Comparando as profecias dos capítulos 2, 7 e 8, podemos identificar com certeza os primeiros três impérios citados (Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia). Seguindo a História, e considerando as informações acrescentadas por João no Apocalipse, reconhecemos o quarto, o reino de ferro misturado com barro de lodo, como o império romano. Jesus viveu e morreu durante a época romana, exatamente como Deus tinha revelado 600 anos antes mediante o profeta Daniel. No contexto do período romano, Daniel disse: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído...." (2:44). A autoridade absoluta deste domínio universal viria de Deus, e duraria para sempre.
Os Sujeitos Conquistadores
Desde o início deste artigo, temos examinado todas essas profecias no contexto do cumprimento no Novo Testamento em Jesus. O reino foi estabelecido, e cristãos hoje foram transportados para ele (Colossenses 1:13). Fomos conquistados por Cristo. Mas, ele não nos dominou para destruir ou abusar, como conquistadores humanos fariam. Ele nos convida a "conquistar" o prêmio eterno preparado para nós (Filipenses 3:12-14).
Para aqueles que, geralmente, se consideram pessoas sem importância, as palavras de Daniel 7:18 oferecem uma visão significante do plano divino. Os sujeitos, "os santos do Altíssimo" teriam participação no governo. Não somos meramente súditos do Cristo conquistador, nós mesmos "somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Romanos 8:37). No mesmo sentido João, o autor no Novo Testamento que mais reflete a mensagem e o espírito de Daniel, afirmou com confiança por meio de uma pergunta: "Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?" (1 João 5:5).
O reino foi prometido e as promessas foram cumpridas. Graças ao poder incomparável do Deus de amor, somos privilegiados em fazer parte desse reino, aguardando a glória eterna na presença do nosso Rei!
Dennis Allen
Postado por: www.crentebiblia.blogspot.com

17 de outubro de 2012

BÍBLIA - Responda


PERGUNTE A QUEM VOCÊ MAIS CONFIA

Devemos nós seguir imitando o nosso Salvador Jesus Cristo?

Jesus Cristo construiu pelo menos um templo igual a esse que você frequenta?

Qual era a religião do Salvador Jesus Cristo?

Qual era a denominação do Salvador Jesus Cristo?

Qual o templo que o Espírito Santo habita?

Em que local o Criador (Deus) habita?

Quem entregou o Salvador Jesus Cristo por 30 moedas de prata?

Quem teve o interesse de pagar a Judas Iscariotes as 30 moedas de prata para que o Salvador Jesus Cristo fosse entregue?

Por que e para que compraram o Salvador Jesus Cristo?

Por que odiavam tanto o Salvador Jesus Cristo?     
                                                          
Você tem certeza que a sua denominação segue ao Salvador Jesus Cristo?

Quantos cursos de teologia o apóstolo Paulo estabeleceu?

Quanto deve se cobrar para pregar o evangelho?

Quem veio para matar, roubar e destruir?

Quem é o bom pastor?

Quem é o mercenário?

Quem são as ovelhas?

Quem o ladrão?

Quem é o lobo?

Por que os apóstolos eram perseguidos e sempre tiveram mortes trágicas, exceto João?

Em que local os apóstolos sempre eram repreendidos e por quem?

De que local Estevão foi retirado para a morte por apedrejamento?

Em que local o Salvador Jesus Cristo se encontrava e teve que se esconder para não ser apedrejado?

Quem queria apedrejá-lo e por quer?

Quantas vezes o Salvador e seus apóstolos citaram a bíblia?

Se o irmão não encontrar quem lhe dê as respostas com respalde bíblico, só resta, portanto, uma maneira de encontrá-las: Leia a escritura que está na bíblia. Como? Lendo sem levar em consideração os capítulos, versículos, epígrafes, etc...Leia linearmente.







16 de outubro de 2012

ACORDA, IGREJA!


SÃO TEMPOS DE GUERRA, NÃO DE PAZ

 

E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”. Jeremias 6:14.

 

Jesus deu uma paz aos homens, mas não é a mesma paz que o mundo pode dar.

 

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. João 14:27.

 

A paz do Senhor é algo que vai além da razão humana, das circunstâncias, dos revezes ou das sortes de alguém. A paz celestial, aquela que vem do Alto, esta é a paz de Jesus!

Os homens, com suas instituições, proclamam um tipo de paz que se promove em acordos e negócios, onde as partes se sentem satisfeitas cada uma com sua vantagem. Nesses negócios, sempre se perde e se ganha algo, é a marca da paz deste mundo, onde acordamos o que fica bom pra maioria.

Não importa se é justo, se é honesto, se é moral, importa que se ganhe alguma vantagem. Por isso, não é necessário que haja sinceridade, compromisso com a Verdade, pelo contrário, a Mentira é uma instituição importantíssima para que a paz mundana seja estabelecida, pois o segredo é a alma de qualquer negócio, dizem.

Jeremias está dizendo que falsos profetas proclamam uma paz nociva para a saúde do povo de Deus. Ora, quem poderia pensar que Deus utilizaria um placebo para tratar seu povo? Deus não é um menino, Ele está comprometido com a cura de seu povo, pois os ama e sabe que somente a Verdade, por mais dura que seja, pode curá-los do engano.

Jesus disse que mercenários, ao contrário do Bom Pastor, só pensam em lucro e por isso não avisam quando o Lobo vem, deixando-os serem devorados pelo engano da falsidade religiosa.

Veja o profeta Ezequiel, tratando do mesmo assunto, quando disse: “Porquanto, sim, porquanto andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada”. Ezequiel 13:10.

 

Entendamos de uma vez por todas que não estamos vivendo um tempo de paz, mas de guerra, de alerta, de vigilância, pois quando proclamamos uma falsa paz, estamos deixando a obra na vida de nossos irmãos incompleta, mal acabada, vulnerável diante de infiltrações malignas.

Não é amigo o que te dá uma tapinha nas costas e diz: Paz! Às vezes, o melhor amigo é aquele que toma um instrumento cirúrgico nas mãos, perfura sua garganta e te traz a respirar novamente.

Corta, dói, machuca, mas é para que você viva e respire novamente!

Acorde, igreja, não são dias de paz.

 Postado por Edinêr

Amigo do Noivo

15 de outubro de 2012

O EVANGELHO NAUFRAGADO


O NAUFRÁGIO EVANGÉLICO

É utopia pensar que uma atitude boa no meio de um oceano de maldade pode fazer uma grande diferença. Sei que no universo evangélico em ampla expansão no Brasil, há quem acredite no “efeito borboleta” que bons atos podem causar, mas a história da Igreja nos mostra muitos exemplos de cismas e revoluções que foram fundamentais para preservação do fino fio condutor da corrente da Verdade.

Atualmente, nos escondemos por trás de um pano obscurecido por hipocrisia e tentativas falsas de manutenção da paz, o qual vem impedindo a muitos de reagir. Esse pano, formado por retalhos de argumentações conformistas e, por vezes, prevaricadoras, possui terminologias cheias de frases de efeito, tais como: “não esquente a cabeça, pois a igreja é uma arca de Noé, está cheia de animais e coco por todos os lados”, ou ainda, “somos imperfeitos mesmo, mas é melhor estar no meio da imperfeição, do que longe dela” e, pior, “não estou dando meu dinheiro a homens e sim a Deus, o que eles fazem com o dinheiro é problema deles”.

Por acaso não foi o mesmo que fez Pilatos, ao lavar suas mãos e condenar o Senhor? Esses argumentos são entreguistas demais, a meu ver, e já que é pra abusar das máximas, prefiro ficar com a célebre “antes só do que mal acompanhado”.

Voltando a História, podemos ver muitos pré-reformadores combatendo de forma veemente determinados papas. Óbvio que existiram papas bons e maus, mas a Reforma não pode se deter a uma ótica simplista, aceitando um sistema corroído porque “ora” está sob o comando de alguém bom, “ora” de alguém mau.

Sistema é sistema e se está em metástase, então, o câncer deve ser arrancado para que não morramos todos. Foi esta atitude, afinal, que caracterizou o movimento protestante como um ato reformador. Foi um ataque direto e incisivo ao âmago da questão: o sistema precisava ser mudado!

Como a Matriz não aceitou a mudança, então, os que não morreram sob a perseguição, fundaram novos formatos para desenvolver sua fé. E assim vem sendo feito por toda a história, com a criação de novas comunidades e modelos de cristianismo. Sempre em busca de uma atitude condizente com uma fé piedosa.

Muitas reformas, maiores e menores, vêm sendo provocadas no decorrer da história da igreja. É algo natural à evolução, às transformações culturais. A igreja de Cristo, como o odre que recebe o vinho novo, está sempre sendo adaptada aos novos tempos e eras que chegam.

Hoje, há os que pregam uma unidade cega, injusta e imoral, a qual tripudia da justiça divina e de sua genuína revelação. Esses estão, na verdade, contribuindo com a corrupção, o que configura seu próprio estado corrupto, mesmo que passivo.

Olhe ao seu redor, reflita a Palavra de Deus em sua mente, abra-se para novas possibilidades e veja que pode ser muito melhor, muito mais sincero e honesto, muito mais parecido com Jesus e menos parecido com o cristianismo babilônico que perdurou por séculos sombrios de corrupção a manipulação, o que agora volta sob os auspícios da denominação evangélica.

Vou logo avisando que vejo o iceberg logo à frente e o naufrágio iminente dessa religião e não vai adiantar nada tocar música gospel quando o navio afundar.

Amigo do Noivo

14 de outubro de 2012

JUDAS


O NÃO ISCARIOTES

 

JUDAS, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo:

Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados.

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.

Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.

Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram;

E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;

Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.

E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades.

Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.

Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.

Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré.

Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;

Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.

E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;

JUDAS 1

Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.

Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.

Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo;

Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências.

Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito.

Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,

Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.

E apiedai-vos de alguns, usando de discernimento;

E salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da carne.

Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,

Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.

 

11 de outubro de 2012

OURO E PRATA


RICOS E MILIONÁRIOS PARA A GLÓRIA DE DEUS?

Preciso confessar minha intolerância religiosa e politicamente incorreta. Sim! Porque se não confessá-la, neste momento e canal, estarei negligenciando historicamente tudo o que creio segundo a simplicidade do que se aprende pela verdade, transparência e honestidade em Jesus e também do que estou convencido ser meu compromisso profético de denunciar o engano.

É a mesma intolerância que motivou o Senhor a chamar alguns religiosos de seu tempo de "raça de víboras", "sepulturas pintadas" e "lobos enganadores". Este é o zelo pela verdade a ponto de virar a mesa dos cambistas do templo e chamá-los publicamente de ladrões e salteadores. Não eram simples religiosos, eram aqueles que ditavam as regras no seu tempo, jogavam as cartas do jogo de dominação e manipulação do povo, assentavam-se nos primeiros lugares da sinagoga/templo, homens cuja "santidade" e "poder de Deus" eram medidos/avaliados somente pela aparência, externamente, pelo tamanho dos filactérios e franjas das roupas que usavam; eram aqueles que gostavam de orar em pé durante os cultos para serem vistos e admirados pelos outros homens ou para demonstrar um poder que julgavam ter [e não tinham].

Sem rodízios, apesar das duras palavras, mas em profundo amor, Jesus denunciava o pecado fosse ele institucional ou pessoal; olhando nos olhos de quem quer que fosse, desmascarava o que ele sabia ser a perversão da vida e do convite amoroso de Deus no encontro com o homem.

Esta semana vi escrito em um outdoor de uma grande e famosa igreja do Rio de Janeiro a frase: "Deus está levantando ricos e milionários para a Sua Glória. (...) Venha ser um deles", havia também, estampada, a foto do pastor... (Ops!) eu disse pastor? Desculpe! Agora ele foi consagrado a apóstolo...

Pois, é! Não vou discutir a apostolicidade do nosso irmão, mas meu lamento e espanto, semelhante ao do apóstolo Paulo na carta aos Gálatas, quando ele diz: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho..." é perceber como uma grande parcela dos pastores/religiosos hoje estão cedendo à tentação de transformarem as pedras em pães, jogarem-se dos pináculos de seus templos midiáticos e se ajoelharem diante da "grandeza" e da Prosperidade para conquistarem a glória das cidades e reinos deste mundo.

Oro sinceramente para que ele e todos estes sacerdotes, profetas, missionários e apóstolos tenham tempo de se arrepender e crer no Evangelho simples de Jesus, a fim de encontrarem misericórdia e também [se possível] ensinar o caminho de volta aos seus discípulos, mas não posso ficar calado.

Deus não precisa fazer alguém rico ou milionário para ser glorificado, servido ou conquistar a terra. Já cantava inspiradamente o poeta: "a sabedoria mora com gente humilde (...)", mas quem consegue discernir este tempo sabe que o engano já se instalou no coração e esfriou o amor de quase todos. A proposta daquele outdoor pareceu-me não somente absurda e mentirosa, mas revela a grande iniquidade e potestade camuflada de piedade e "bênção". Erra não só quem faz o convite para participar dos cultos a Mamom, mas também quem o cultua, serve-o com seus dízimos e ofertas e sobe as escadas dos pináculos atrás de seus líderes e guias espirituais na intenção de receber a mesma glória e poder deste mundo.

Sinto profundo constrangimento por esta geração perversa que só consegue ver "Deus" na riqueza e na troca, na barganha, na compra da "bênção". Este "Deus" não é o meu Deus, não creio em um "Deus" que apenas seja Deus se for servido por ricos e milionários. Não creio em um "Deus" que expressa sua glória somente para aqueles que podem pagar por ela.

Eu creio no Deus que se fez carne, que ao contrário do desejo de alcançar a glória para cima, pelo domínio, através da glória dos homens e do mundo, preferiu o caminho inverso e se rebaixou até se confessar como servo humilde.

Os que vivem de fato para a glória de Deus podem até possuir algum bem (ou bens) neste mundo, podem por acaso ser chamados de ricos, milionários, mas seu coração certamente não estará no acúmulo de tesouros, muito menos no prazer de serem considerados como tais. Os que vivem e expressam a glória de Deus são os simples, os misericordiosos, os limpos de coração; aqueles que mesmo não possuindo prata nem ouro sabem expressar o bem e a glória de amar a Deus não pelo que Ele pode dar, mas pelo Dom da vida em abundância vivida gratuitamente.

Lúcifer foi contaminado pelo brilho e ganância do seu próprio comércio, aliás este foi um dos motivos de sua queda. A avareza que derruba querubins facilmente derruba apóstolos e patriarcas, ainda nos dias de hoje. A denúncia que o apóstolo Pedro fez em sua comunidade neotestamentária é atual e verdadeira: "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.

E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, FARÃO COMÉRCIO DE VÓS, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2 Pedro 2.1-2)

Ainda dá tempo de voltar ao caminho da cruz e do arrependimento. Quem tem ouvidos para ouvir?

O Deus que é glorificado sem som e sem palavras pela obra de suas mãos te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

Pablo Massolar
Postado por Edinêr