A Palavra aos Efésios 2.8, 9, descreve: Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não
vem das obras para que ninguém se glorie.
Este princípio tem gerado confusão na mente de muitos pregadores, e por
falta de discernimento passam a negar a eficácia da obra da caridade ou amor ao
próximo, a qual está ordenada pelo Mestre em todos os livros do Novo
Testamento.
Porque a obras citadas em Efésios 2.8, 9, são as obras da
lei, as quais não salvam e não tem vínculo com a obra da caridade, o amor ao
próximo, notem:
Romanos 3.20, 28: Nenhuma carne será
justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento
do pecado. Concluímos que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
Gálatas 2.16, diz: Sabendo que o homem
não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos
também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não
pelas obras da lei, porquanto, pelas obras da lei nenhuma carne
será justificada.
A Palavra traz a certeza que ninguém
será justificado pelas obras da lei de Moisés, as quais não se
relacionam com a obra da caridade, amor ao próximo, ordenado pelo Senhor Jesus
em toda escritura. E se fosse de outra forma a Palavra do Senhor seria
contraditória. Vejamos:
Carta Universal do Apóstolo Tiago 2.14-18: Meus
irmãos que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver obras?
Porventura a fé pode salvá-lo? E , se o irmão ou irmã estiverem nus, e
tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz,
aquentai-vos, e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o
corpo, que proveito virá daí?
Assim também, a fé, se não tiver as obras, é
morta em si mesmo. Mas dirá alguém tu tens a fé e eu tenho as
obras, mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas
minhas obras.
Evidentemente que a salvação vem pelo sacrifício de Cristo
na cruz do Calvário, por que as nossas obras de amor ao próximo por si só não
podem gerar frutos que produza salvação, mas é um ato de fé que agrada o
coração do Senhor, não se tenha a menor dúvida.
Meditem em Mateus 25.31-46, Atos 10, I
Coríntios 13, e várias outras referências do Novo Testamento, as quais
confirmam que a obra da caridade aproxima o homem do Senhor.
Em João 15.12, disse Jesus: Amai-vos uns aos outros
assim com eu vos amei também. E como Jesus nos amou, senão oferecendo a sua
própria vida para libertar o homem que estava morto na maldição do pecado?
Exatamente dessa forma Ele preceitua que também amamos uns aos outros, se
necessário, com sacrifício da própria vida. Porque o amor é a essência da
magnífica obra redentora de Cristo.
Entretanto, ainda que façamos boas obras, se não guardarmos os mandamentos do
Senhor Jesus, a nossa obra é vã.
Outra preocupação iminente, vem por parte dos pregadores da salvação
predestinada, uma doutrina que veio a confundir a graça pela aspersão do sangue
de Cristo com as obras da lei.
E quero deixar aqui, um trecho de uma mensagem que recebi de um irmão, segundo
ele, depois do arrependimento o pecado não tem mais força para matar a alma do
salvo, ainda que esse sirva ao pecado. Vejamos:
“Com o entendimento do Sacrifício do Cordeiro que levou o pecado do mundo,
dando a entender que não existe mais pecado para aqueles que estão em Cristo,
pude perceber que na verdade eram aconselhamentos para adotarmos costumes
construtivos para nossas vidas cotidianas.
Não existe mais condenação ou pecado para os que creem no Senhor Jesus porque
ele aboliu a Lei que mostrava estes pecados. Mas na certa não vamos sair por aí
com a liberdade que Cristo nos deu fazendo tudo que der vontade. E não é porque
estas vontades seriam pecado, é porque elas não seriam construtivas para minha
vida.
Com isso posso afirmar que fumar cigarro, usar drogas, trair a esposa ou até
mesmo outras coisas mais sérias que não seguem os bons costumes não seria
pecado praticá-las, pois o Senhor afirmou que nada poderia separar nos do seu
amor, mas não seria edificante para minha vida ou saúde. Todos esses
aconselhamentos que Paulo deu seria como um manual para não nós estreparmos na
vida, não fazermos maluquices autodestrutivas e vivermos bem em sociedade. Não
tem nada a ver com nossa salvação, pois ela não vem das obras que praticamos”.
OBSERVAÇÃO: Segundo
o senhor que me enviou esta mensagem, ele passou a ter esse entendimento ao ler
as mensagens de Caio Fábio.
Amados em Cristo, esse preceito que, depois de recebermos a promessa da
salvação podemos pecar porque a vida eterna já está assegurada é aterrorizante,
um engodo satânico, uma doutrina fadada a levar almas para o inferno.
E decorre em razão da Palavra de II Coríntios 3.17, que descreve: Ora,
o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Mas essa é a liberdade alcançada pela graça do Senhor Jesus em relação as obras
da lei, a qual escravizava o povo, não significa que depois de sermos
alcançados pela graça podemos viver na prática do pecado, porque em Gálatas
5.13 também está escrito: Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade.
Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à
carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade.
E muitos, confundem a liberdade que Cristo concedeu aos que O recebem
verdadeiramente com Único e suficiente Salvador, com libertinagem, e saem por
aí pregando a palavra na contra-mão do Evangelho, pois, o que podemos entender
então da Palavra do Senhor Jesus ao dizer: Vá e não peques mais (João
5.14 e 8.11).
Qual o discernimento da exortação em Hebreus 6.4-6, onde diz: Porque é
impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial,
e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus
e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para
arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e
o expõem ao vitupério.
O que também fora ratificado na própria carta aos Hebreus 10.26, 27, onde
descreve: Se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o
conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma
certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os
adversários.
As escrituras relatam que Deus não perdoou aos anjos que pecaram,
havendo-os lançado no inferno, os entregou as cadeias da escuridão, ficando
reservado para o juízo, e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé,
pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo
dos ímpios.
E condenou
a subversão as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as
para exemplo aos que vivessem impiamente; e livrou o justo Ló, enfadado da vida
dissoluta dos homens abomináveis. Assim, sabe o Senhor, livrar da tentação os
piedosos, e reservar os injustos para o dia de juízo, para serem castigados.
Porquanto
se, depois de terem escapado da corrupção do mundo, pelo conhecimento do nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos,
tornou-se lhes o último estado pior do que o primeiro
Porque
melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o,
desviarem-se do Santo Mandamento que lhes fora dado, Deste modo sobreveio-lhes
o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e
a porca lavada ao espojadouro de lama.
Colossenses 3.1-14: Mortificai pois os vossos
membros que estão sobre a terra: A prostituição, a impureza, o apetite
desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria. Pelas quais
coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados,
de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade;
Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos
outros, se algum tiver queixa contra outro assim como Cristo vos perdoou, assim
fazei-vos também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que
é o vínculo da perfeição.
Apocalipse 3.11, disse Jesus: Eis que venho sem demora; guarda o que
tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Louvai ao Senhor!